E mais nada!

Este Senhor já disse tudo o que eu tenho para dizer, pronto!!! :P

" E assim escrevo, querendo sentir a Natureza, nem sequer como um homem,
  Mas como quem sente a Natureza, e mais nada,
  E assim escrevo, ora bem, ora mal,
  Ora acertando com o que quero dizer, ora errando,
  Caindo aqui, levantando-me acolá,
  Mas indo sempre no meu caminho como um cego teimoso,

  Ainda assim, sou alguém.
  Sou o Descobridor da Natureza.
  Sou o Argonauta das sensações verdadeiras.
  Trago ao Universo um novo Universo
  Porque trago ao Universo ele-próprio."

  Alberto Caeiro in 
 O guardador de Rebanhos

'descobri' este poema a 23.12.2009 - coincidências...

"Não sou nada.
 Nunca serei nada.
 Não posso querer ser nada.
 À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo."

  Álvaro de Campos in
 Soneto Já Antigo e outros poemas


Há dias em que vivo realmente irritada por ser assim...
E eu que até detestava poesia...!


Mas também há dias assim... :)


Só agora é que reparei que também só dava rimas a quem não sabia o que fazer com elas... nem com uma casa tão cheia de papeis e de traças... :-)

Ainda bem que mudei de casa! :P

O "Algemas" em discurso directo

Por circunstâncias várias da nossa vida privada, profissional ou social, de quando em vez todos nos sentimos um bocadinho presos... ou um bocadinho grande.
Embora a essência que me direcciona seja legitima e merecidamente livre, existem condicionantes sociais que não me permitem a liberdade física tal como a imagino e ambiciono.

Num dia com tanto de suado como proveitoso, pediram-me para colocar umas algemas "muito fofas" a falar em discurso directo.

[No momento em que mergulho na "baía das palavras", o banho é delicioso e leva-me a outra forma de existir. Quando volto à superfície e me sento em "terra firme"... tudo seca demasiado rápido e a alma perde valor. Só volta, quando torno a mergulhar.]

Deixo aqui o resultado de um desses mergulhos:

Antes     


 O Algemas tem uma função necessária à sociedade e que, a meu ver deveria de ser muito mais considerada a todos os níveis. Se por vezes, existem casos de abuso de poder, talvez seja motivado pelas graves consequências da ausência de limites humanos e pela abundância de pressões sociais.





           “Algemas”


    - Nunca pensei passar por isto, fogo. Imaginem-me esta merda -  enfeitarem-me com um pêlo preto, macio e delicado. Ó caroço. Fónix, isto é de gaja, pá! Lá porque o meu nome é “Algemas” eu sou muita macho, ouviram! Tsss… isto é uma humilhação do caneco. E o pior é que os outros fiquem a duvidar da minha masculinidade hã?! Dass…
    Vocês sabem por acaso qual é a sensação de amarrar e tirar os movimentos a um gajo que acabou de matar um polícia??? O sabor do sangue do animal a escorrer-lhe pelos pulsos apenas porque se quer livrar de mim mas não consegue e por isso lhe rasgo a pele? É delicioso! E agora, fazem-me isto: metem-me pêlo, vejam bem.   Estou enojado e atormentado até às entranhas. Já imaginaram os lindos nomes que me vão chamar lá na esquadra? Parece-me já estar a ouvi-los com bocas tipo: “bichona; rabicho; és linda macia e cheirosinha; deixa-me roçar-me no teu pêlo…” Oh cum caneco.
Mas, deixem ‘tar que não perdem pela demora: deixem que agora vou ser eu a dar-lhes a volta – amanhã falo com a minha amiga Leona e juro que ela me ajuda a amarrar o idiota que teve a ideia peludenta. A caminha de serviço lá da esquadra serve bem e, boazona e astuta como ela é, num piscar de olhos… ahahah, já estou a vê-lo  todo nu, comigo a acariciar-lhe os pulsos enquanto ele tenta chegar à roupa. E juro que vai buscá-las ao lixo dos restos da cozinha! Quem ri por último ri melhor e vai ser de certeza o polícia do ano. Dou-lhe direito a prémio de honra e tudo: nu, amarrado e subserviente!
Coitado, ainda não fiz nada e já ‘tou com pena do gajo. Pensando bem… e não serão quase todos assim?

                                         
                                                             09/10/2010



 Depois   
 

  • Moral da história:
  • Convém que haja poder de encaixe
  • Seguir em frente com as mudanças
  • Viver bem num ambiente hostil, ou não
  • Ainda que seja no meio de pêlo, natural ou sintético
  • O importante é estar lá... aqui ou, 
  • Onde nos der na real gana!

 E assim se inventa a liberdade.


                                                                                  

"A Maior Flor do Mundo" / José Saramago

Ouch... esta doeu-me!


 

Doeu-me porque foi necessário receber este recado para perceber uma coisa muito importante: já escrevi duas histórias para crianças, tendo uma delas sido muito apreciada por alguém que eu considero muito e confio inteiramente! Doeu-me porque... ingenuamente fiquei à espera de que alguns letrados adultos  que por acaso trabalham em editoras, lessem a que eu considero ser a melhor história infantil, com o intuito de uma possível  edição e para que assim, fosse lida por crianças...
Só agora reparei no tamanho da minha estupidez!!! Então, será coerente eu estar à espera há muito mais de um ano (dois anos talvez, já nem sei) que as editoras ditas credenciadas, repletas de adultos letrados, se dignem a dar-me a prometida resposta no espaço de 'três meses' para uma história de crianças??? No way! No more!!! Se a história é para crianças... terá de ser lida por crianças, não é?! Os adultos não são para aqui chamados...

Ainda esta semana tinha pensado em enviar mensagem às ditas cujas para que não se sentissem 'pressionados' com o tempo de leitura porque a partir de agora teriam o resto da vida para "não a ler"! Agora está decidido: vou 'construir' e desenhar o meu livro, reproduzir numa gráfica qualquer que seja baratucha e vou oferece-lo às duas meninas para quem a escrevi, depois... a todas as outras crianças que a quiserem receber. Se houver adultos interessados... também aceito "encomendas"... o único euro, ou escudo angariado (logo se vê qual é a moeda futura da época), "reverterá a favor de uma qualquer Instituição de Solidariedade Social perto de si!" :-)

[Também a escrevi para Ti, também lá falo de Ti! Ainda a lês-Te, sorriste com ela... mas já não conseguiste entender que também falava de Ti. Ficaste feliz quando Te expliquei que também  'lá estavas'  e prometi-Te que em breve a voltarias a ler num papel mais brilhante, mais forte e com desenhos ainda mais bonitos... mas o tempo não me deu tempo... e nem imaginas como isso agora me dói!  É quase insuportável. Mas sabes?! No meu conto, continuas viva e igualmente amada e desejada pela menina da história! E sabes, Mãe?! Aqui 'deste lado', a  nossa menina da história continua a falar de Ti sempre que está comigo e quase chora de saudades - faz uma carinha tão triste de saudades tuas... nem imaginas. Mas no outro dia, consegui fazer com que sorrisse quando a adormeci a contar-lhe uma outra história da "Menina que Comia Formigas para ficar com os olhos mais bonitos"... ficou tão feliz quando lhe disse que a menina das formigas eras  mesmo Tu! :) Ainda Te amamos muito, Mãe! E acho que vai ser sempre assim...]

Bem, já tenho mais um 'trabalho inventado' e muito importante para ser feito mas antes, fico por aqui a contar uma das muitas histórias de Ti e que a meu ver ilustra muito bem o video que me 'acordou'!

"Como é que te chamas?"

A Curiosidade e o Desejo eram irmãos gémeos. Não eram gémeos verdadeiros uma vez que não eram iguais em nada mas gostavam de andar sempre juntos e quase nunca se separavam. Discordavam em quase tudo e zangavam-se tantas ou mais vezes como dias tem o ano. Faziam as pazes em todas as vezes que se sentiam zangados e até naquelas em que já não se lembravam se se tinham zangado ou não.

Naquele dia, o Desejo achou que a irmã estava muito triste e cabisbaixa e perguntou-lhe:
- Tás tiste puquê, mana?
- Não chei! Tou tiste puque chim! - respondeu ela acariciando a flor amarela e pequenina que teimava em furar a terra fina e arenosa.
- Mas a mamã diz que "puque sim" não é respota!
- Ai é respota é! Apeteche-me...
- Mas diz lá o que fizeram-te pa ficares tiste! - insistiu o menino.
Curiosidade olhou o irmão, esboçou na boca um beicinho magoado e disse:
- Tach a ver esta fulôre?
- Sim, puquê?
- Puque ela agola ta sóchinha, puque a minha amiga Inveja veio cá achima e levou todas as évas  que tavam aqui pâ putejêr a fulôre e ela achim fica com muito medo da noiti e com furio do vento do dia...
- Ahhh, poijé! Aqui há um furio assim muuuito gaaaande...! E uma noite muuuuito escuuula!!! Eu acho que  tamêm tinha meudo...
O menino ficou a pensar e perguntou à Curiosidade:
- E se eu fosse buscar a casa do Dog domir pâ putejêr a tua fulôre?
Curiosidade acenou com a cabeça em reprovação da ideia do irmão.
- Nã, nã! Não quelo que o Dog fique com o mechmo furio da minha fulôre... e com o meudo tamêm...
O menino olhou em volta tentando encontrar uma solução...
- Ahhh! Já sei!!! - gritou.
- Aiii! Sustaste-me chetupido! - disse Curiosidade com a mão no sítio do coração.
- Descupa, descupa... mas sagente levasse a tua fulôre pó pé daquela ávore gande  naquele monte achas quéla já não tinha mais meudos? E que ficava putejida? 
- Ficava, ficava muito! - disse a menina, saltando e pulando agradada com a ideia do irmão. Agarrou-se ao pescoço dele e caíram os dois enrolados em cima um do outro.
- Pára, pára! - disse o Desejo.
Curiosidade olhou em volta e num salto largou o irmão com uma expressão de aflição e com as mãos na boca.
- Vês, vês o que fijeste?!
- Eu??? Foste tu que penduraste no meu pescoço...! - disse ele defendendo-se.
- Fôche tu! Fôche tu! - disse curiosidade quase a chorar e a tentar endireitar a  pequena flor amarrotada que tinha dobrado ao peso dos corpos das duas crianças.
- Foste tu, pavalhona!!! 
- Não fui nada! Foche tu chetupido!
Enquanto discutiam veio uma rajada de vento forte e, com o mesmo pensamento os dois olharam para a pequenina flor com receio de que tivesse voado junto com o vento forte.
-Olha, olha! - apontou ele - ficou óta vez de pé!
Curiosidade sorriu de alegria, olhou o irmão e disse:
- Não vamos tar mais jangados, tá bem?! Vamos lá pôr a fulôre putejida no pé da ávore, tá bem?! Achas que ela fica gande, muito gande???
- Bora, bora já! Tenho meudo que amanhã o vento leve ela embóa e depois ficamos tistes...

Num pedaço de terra mais fofa junto da árvore do monte, Desejo, espetou o dedo indicador e fez um pequeno buraco. Curiosidade, plantou a flor amarela com muito cuidado, aconchegaram as sobras de terra para junto do caule e endireitaram-lhe as pétalas uma por uma. Levantaram-se e ficaram a olhar para a flor, achando que naquele sítio ela estava bem protegida.
- Agoua não sais daí, ouviste? - disse o pequeno falando para a flor - Agoua já não tás sozinha! Se sais o vento leva-te pa um sítio de muito furio! Fazes de conta que a ávore é tua mãe pa ela putejer-te... 
- E não pareche que tá ao colinho da ávore? - perguntou a menina.
- Sim, sim! E ópois nós tazemos água pa ela beber...
- E o que é a comida pa ela? Achas que os bolinhos do Dog ela gosta?
- Eh eh eh câ vugonha... não sabes quela não tem boca nem dentolas como tu...??? 
- E eu não tenho dentolas, ó chetupido! - retorquiu a menina zangada e dando uma palmada nas costas do irmão.
- Não batas-me ó pavalhona! Cuidado com a tua fulôre...!


Naquelas semanas e meses que se seguiram, o Desejo e a Curiosidade, visitavam a flor todos os dias depois de voltarem da escola. Muitas foram as vezes em que nos dias mais secos e quentes guardaram a água das garrafinhas das suas mochilas para poderem dividir com a flor no final do dia. Nessa altura, Curiosidade já sabia que o melhor alimento era o Sol e ficava feliz por ver como a árvore protegia a sua flor amarela, dando-lhe sombra e abraçando-a para que o vento não a levasse.

A flor não parava de crescer e já tinha alcançado a altura dos primeiros ramos da árvore. Em tão pouco tempo nem parecia a mesma flor pequenina e enfezada, perdida e abandonada à sua sorte no meio do vento. Agora, já os meninos se deitavam cansados das brincadeiras e correrias no monte da árvore e, muitas eram as vezes em que adormeciam aconchegados debaixo das folhas largas e verdejantes da vivaz e radiosa flor amarela. Todos na aldeia tinham curiosidade em ver a enorme flor que duas crianças tão pequenas tinham  conseguido plantar e fazer crescer. Corria até o boato de que a flor falava com os meninos. Por esse motivo, a Inveja, antiga amiga de Curiosidade, decidiu seguir os dois meninos num fim de escola de sexta-feira para poder ir espreitar e ouvir se eles conversavam realmente.
Ao chegar ao monte da árvore, escondeu-se e ficou a observar as habituais correrias e brincadeiras dos gémeos. Naquele dia tinham escolhido jogar às escondidas e Curiosidade no meio de uma procura de esconderijo, descobriu Inveja agachada atrás de um arbusto na parte de trás da árvore.
- O que tas aqui a fajer, Inveja???
- Vim ver se a tua flor fala mesmo como dizem lá na aldeia...
O gémeo soltou uma gargalhada mas Curiosidade estava muito zangada com Inveja por causa do que ela tinha feito à sua flor.
- Vai-te emboua pavalhona chetupida! Por tua casa a minha fulôre ía morrendo! Va-te emboua já! - gritou Curiosidade.
- A Inveja pode ir embora mas primeiro vai ter de perguntar à flor o nome dela! Não dizem que a vossa flor fala? Então... a Inveja vai levar a resposta! - ripostou o pai dos gémeos dobrando o redondo do monte com a mãe.
Inveja gaguejou sem saber o que dizer:
- Haaa... deve ser mentira... as pessoas é que dizem... também não sei o que devia perguntar... ! - ripostou Inveja bastante envergonhada.
- Podes começar por lhe perguntar o nome, por exemplo! - disse o pai - Vá pergunta-lhe! - insistiu.
Inveja muito constrangida balbuciou na direcção da flor:
- Como é que te chamas?
- AMOR! - respondeu a 'flor'.

Afinal, Inveja teria de dizer à aldeia de que a flor realmente falava. Falava, através das vozes dos gémeos que a acolheram e cuidaram, do sussurrar dos ramos da mãe-árvore que a adoptou, abraçou e protegeu e, dos pais da Curiosidade e do Desejo que tinham acreditado desde o primeiro minuto que qualquer gota de amor é o maior alimento.  


                                                                                                                                      21.06.2011
                                                                                                                                   Alda Silvestre





Errata: Todas as palavras mal escritas são apenas 'lembretes' de como é bom ser criança. 
             Todas as palavras bem escritas... não servem rigorosamente para nada se não soubermos sentir como elas.

Coincidências: Sem ter programado acabei de escrever uma 'homenagem' ao Verão :)


"I'm losing what I don't deserve"


I really love music and some lyrics. It's always an inspiration. Here's a good example!
Many years ago... a few years ago... well, yesterday... I used to turn on the radio before anything else when I was arriving home and before I put down my school books. I used to sing along with every song I knew (still do it inside my car but don't be afraid 'cause I can't torture anyone!)
I confess that sometimes it's a little too much but that's the way I am and the way I feel.

Listening to this music I immediately thought about the huge velocity that we are losing our rights of living and use our "planet-home". We are always able to damage it so deeply and even with all the 'messages' that we receive from mother-nature we can't do much about it. And we can't do nothing at all when the planet 'gets really mad' at us or when we do a huge mistake.

Because of this lyrics I immediately thought of all the disasters that we have to see (and some of us to live) over and over again. We are always very impressed with the images of earthquakes, tsunamis, fires, war, diseases, hunger and all the consequences the press shows us on 'the day after'. Nonetheless, we use to forget very quickly the next days, weeks, months and years those persons have to go through all that time. We use to forget that it's exactly the endurance of suffering, pain and diseases that makes people want to give up many times and even, many of them, die. "The day after" (and I really don't want to steal the film's name!), is exactly where the hardest part will remain for a long time.

It's always great when we see people doing their best and giving all they can to help others in these hard conditions. It's always good to see some ONG's and some Foundations created by so many amazing persons to give a helping hand to the 'shoulder' beside them (even when it's on the other side of the world). To hug and to love them like they do to their family... and they really become their "family's heart". And the most important is the way they can make people smile with a simple "drop of hope", the way they are able to give a little/big part of their thoughts, dreams and lives.

Last year I started to be in connection with one of this Foundations, once more, because of 'my music'. Of course I know a lot more (Portuguese ones included) but now I feel Obakki Foundation like they are already a part of my little world and my life. And because they allow everyone to help them I'm very proud and honoured to give them a little help with a single 'drop of my beloved and huge ocean'. Maybe someday I can do and give a bigger help. Our Portuguese Poet António Gedeão used to say in Pedra Filosofal that "the dream commands life" (might not be the right translation but that's what it means). So, I will be always dreaming... other wise this is not worthy!


Just listen, take a look and try to feel their feelings... and we shall never forget that when we have a tear rolling on our faces, they have a smile drying some of their tears.

Heaven, what the hell is heaven? Is there a home for the homeless? Is there hope for the hopeless?

I always want to believe... there is always a hope for the hopeless! I know I'm naive but I don't care!

Oh Gosh... what a simple music can do to my mind. I'm already so far from my first thought.
What I wanted to say is that we are really losing what we don't deserve from mother-nature. It's not normal that some people on earth can't have one single drop of water or food. And do you know what I find even more strange and curious? According to some scientists, Africa is the part of the world where we - Homo Sapiens and the 'other ones' before - started to live. So, don't you think dramatically ironic that is exactly one huge part of the world where people dies so easily? And it's not necessary to mention the causes... 

They really are "Príncipes do Nada" (Princes of Nothing) but with everything inside:

A great nurse and mother

So, I have to end this 'new book/post' but first, I want to ask to all the scientists and intelligent men (laughs) to study and develope the solution of the world (laughs again) because the balance of the all planet is in/on the sea (laugh out loud, now!). I'm not so intelligent but that's what I see and feel for so many years. So, can I ask you, gentlemen, to forget money, to think a little and to 'discover life' again? Thank you so much!

I'd love to keep this paradise forever
 
 "What about now / What about today / Can I make a difference?"


 Maybe...
 


G O S T I = Letras / Expressões / Abreviaturas e Sinais

* Sem os habitantes do meu coração sou apenas matéria sem importância *

* O meu 'eu' é um "T 1000" candidato a ser um "T infinito" -  talvez no 'mundo da Lua' consiga construir mais umas quantas assoalhadas! :)) *

São várias as palavras que inventei; são várias as expressões (populares ou não) que adaptei. Por causa disso há pelo menos uma pessoa que eu amo mais do que a minha própria vida e que, justificadamente está um bocadinho desapontada comigo por lhe ter trocado as voltas no que respeita a algumas dessas expressões, sem eu ter reparado nisso por muitos e longos anos... :) mas, na verdade, distraidamente sempre pensei que ele tinha percebido quais eram os meus 'parafusos' mais soltos. Alguns sim, outros pelos vistos, não percebeu... ;-)
Penso já ter remediado o assunto mas obviamente nunca será esquecido - espero no entanto, não ser motivo de nenhum trauma! 
A título de exemplo, aqui fica uma delas: "de noite todos os gatos são pardos"... pois, por causa dos gatos palermas que sempre tiveram a mania de se atravessar na frente do carro e me obrigavam a travar até o pé sair da chapa... comecei por dizer: "de noite todos os gatos são parvos!!!" :)

No entanto, isto já deve ser um dos meus defeitos de fabrico porque, em tempos áureos da publicidade  e em que eu era miúda, existia um famoso anúncio ao mata-moscas "Dum Dum" e que cantavam (imaginem a música sff) assim: "com dum dum não escapa um, dum dum é o fim!" Seria obviamente o fim das moscas... mas também foi o 'meu fim' de hipotética cantora quando a minha irmã descobriu que eu cantava assim: "com dum dum é cátádum, dum dum é um dim!" :)) E pronto, uma das minha anomalias naturais vem dessa época.

A esta altura, já está alguém a pensar: "para que serão necessários estes sorrisos parvos pelo meio do texto???" 
Pois estes sorrisos parvos já fazem parte de algumas das minhas formas de expressão. E, pelo que vejo nestas novas tecnologias, de muitos de vós também! E, se nos fazem sorrir, porque não devemos usa-las? Claro que devemos! Já tenho sorrido e atestado o meu 'saco da esperança' apenas porque alguém me deixa um 'smile' :) exactamente na altura ou no contexto em que mais preciso dele. Também sei que já fiz o mesmo a muita gente. Então, decidi adoptar todos os sorrisos (parvos ou não) bem como os símbolos ou expressões que possam ser instrumentos de (boa) comunicação.


O meu GOSTI é como já perceberam a abreviatura de "gosto de ti" ou "gosto muito de ti" ou "gosto mesmo muito de ti, pah!". 
Comecei por abreviar a descrição do sentimento que queria transmitir à 'Totós',  isto na altura das inovadoras mensagens de sms dos telemóveis... e a tecnologia não pára e ainda bem! Uns anos mais tarde, passei a enviar sms "gosti" ao 'Sol', depois à 'Borboleta' e agora já vai nos amigos - e é bom ter sempre alguém para o dizer, escrever e demonstrar!
Alguns deles também já usam o 'gosti' para os habitantes dos seus corações e isso deixa-me feliz... então, tiro o meu chapéu (vou buscar um porque estou em cabelo!) a quem se lembrou de inventar estas engraçadas expressões através de um simples teclado de computador :))

Provavelmente alguns consideram ser totalmente descabido e ser até um atentado à língua portuguesa mas eu acho (nunca acho nada, mas pronto!) ser importante alargarmos horizontes desde que não cometamos atentados linguísticos. Claro que há atrocidades de escrita nas novas gerações e alguns quase não sabem como as palavras se escrevem em 'bom português' (espero que a televisão não me processe por lhes roubar uma 'expressão'!) mas... nas gerações anteriores não haveria mais atrocidades? E não é uma atrocidade  maior ainda existirem 'pessoas actuais' que se emocionam quando aprendem a escrever o próprio nome?! Que sonham em ler uma frase completa...?! Ou um livro pequenino...




Comemoramos hoje os 123 anos do nosso querido (e saudavelmente maluco!) Poeta Fernando Pessoa. :) Efeméride mesmo muito importante!!! Adoro os pensamentos dele e identifico-me demasiado com alguns dos seus heterónimos... mas, hoje, por causa destas cenas das expressões e, enquanto pensava como é bom existirem 'outros valores e outras energias' dentro desta matéria a que chamamos de corpo-humano  para que continuemos a ter 'Grandes Portugueses' (ai ai a rtp outra vez, que me dá cabo do canastro hoje, por causa do raça do copianço das 'expressões'...) na nossa História. No entanto, pelo que conheço desse grande Senhor tenho a certeza de que se ele vivesse nesta era seria um dos primeiros a adoptar todas estas 'maluquices tecnológicas', expressões e mais que fosse. Provavelmente ao invés de 'inventar negócios' inventaria mais umas boas loucuras a que nós agora estaríamos totalmente rendidos. 
Portanto, dentro deste jogo de letras e símbolos vou continuar a usar tudo o que me apetecer desde que me faça sorrir a mim, ainda que nem sempre os outros achem piada. 
Será apenas uma das 'armas' que tenho para me defender e um dos 'medicamentos' para me curar. Só poderei ajudar condignamente quem de mim precisa se conseguir manter-me de pé e se tiver um sorriso para dividir - sem isso não vale a pena!

*Preciso de dizer muitas vezes GOSTI apenas porque as necessidades dos outros o ouvirem são ainda maiores.*

Falta-me aqui o rebanho  porque o cajado já lá está ao fundo :)


 " Sou um guardador de rebanhos.  
  O rebanho é os meus pensamentos
  E os meus pensamentos são todos sensações.
  Penso com os olhos e com os ouvidos
  E com as mãos e os pés
  E com o nariz e a boca.
  
  Pensar numa flor é vê-la e cheirá-la
  E comer um fruto é saber-lhe o sentido.

  Por isso quando num dia de calor
  Me sinto triste de gozá-lo,
  E me deito ao comprido na erva,
  E fecho os olhos quentes,
  Sinto todo o meu corpo deitado na realidade,
  Sei a verdade e sou feliz.

                                                    Alberto Caeiro in
                                     O Guardador de Rebanhos

Pasta de Papel

Ela, é bonita, agradável à vista e ao toque, enérgica e... consegue deixar qualquer um com uma enorme sensação de leveza... no entanto, possui um 'senão' - sem 'pasta' não é capaz de cumprir  as  'tarefas' a que se propõe na sua inteira plenitude.

Ele, forte e resistente a algumas das mais árduas tarefas, tem a  ambígua qualidade de conseguir ser de uma delicadeza ímpar sempre que é necessário e desde que não o tratem de forma rude... mas, também possui um 'senão' - quando puxam muito por ele... só termina no fim.


Uma série bastante interessante com capacidade de despertar o mais variado tipo de emoções a quem a segue. O mesmo poderei dizer dos intervenientes acima referidos.

Por razões de muito pouca importância do meu quotidiano, constatei de que é urgente organizar a 'agenda' e ir às compras. Ao mesmo tempo que elaborava a minha 'lista mental' - coisas de gajas e polivalências femininas e, thank god já há alguns protótipos masculinos capazes de o fazer tão bem como nós (ainda bem que tudo muda e tudo se transforma!) - lembrei-me de que talvez fosse proveitoso partilhar uns disparates com os 'passageiros' deste meu avião.

- Ela, é bonita, agradável à vista e ao toque, enérgica e...

- Ele, forte e resistente a algumas das mais árduas tarefas...

 
Pois é mesmo isto que preciso adicionar à minha lista de compras!
Os disparates que pretendo partilhar são dois textos escritos há algum tempo atrás e que tudo têm a ver com pastas e papeis nos seus mais variados sentidos e interpretações.
 


SKETCH

“Combate à Crise”
Está a passar o jornal da noite na televisão do café da aldeia. Ouve-se a repórter:
“- E já nos encontramos aqui na fábrica onde passamos a mostrar as novidades de que lhes falávamos, bem como o investimento efectuado pela empresa em novas tecnologias para que consiga ganhar esta inovadora aposta em países estrangeiros. Assim, temos connosco o director responsável, Dr. Pimentel. A repórter dirige-se ao director:
- Muito boa tarde Dr. Pimentel, então explique-nos lá como é que surge esta inovação e em que é que isso tem contribuído para o desenvolvimento e aumento das vendas, inclusive ao nível da exportação, tal como já me foi referido?”
Dr. Pimentel (imponente e exageradamente vaidoso)
- Boa tarde! Pois, antes de mais deixe-me dizer-lhe que, me sinto muito orgulhoso por neste momento ser responsável por uma das poucas empresas em Portugal, que vê a sua facturação disparar em flecha dentro da actual crise económica que o nosso país atravessa. Pois bem, tal como anteriormente referido, isso deve-se ao facto dos nossos designers estarem perfeitamente actualizados das exigências do mercado estrangeiro, bem como terem o bom gosto artístico nos motivos e desenhos criados e que são impressos nos infinitos milhares de metros de papel higiénico que fabricamos!
Dois vizinhos estão a beber a bica ao balcão e comentam.
Ti Jacinto
- Hã???! Atão?! Nã acredito que ‘tão a falar de papel pa limpar o cu?! Como dezia o mê pai: “tanta merda pa sair um cagalhão”! Atão mas agora, é isto? Mete ‘dijais’ na sei o quê e desenhos ‘artiscos’ com bom gosto ?! É por isso é que tá sempre más caro cada vez ca gente vai ó ‘super-micado’! Ladrões dum cabrão! Fosse ê que mandasse, ê dava-lhes era o bom gosto e bom chêro e tudo paquelas ventas acima, isso é quéra bem fêto! Agora cá gozar ca gente pobre…
Manel Chinês
- Não seja assim homem que eles até têm razão! Com evolução é que isto dispara…
Ti Jacinto
- Ah pois despara!!! Cada vez quê  minervo, dá-me a volta à barriga e sai cá um desparo, caté sai em flecha comeles dizem! E qualquer um fica de caganêra cus nervos… agora imagina os milhares da gente toda do país a correr pa sanita pa limpar o cu ó papel dos desenhos… na vês nada poi não ó chinês? Tens os olhos em bico e muita pecaninos, né?! Isto é um “cápô” ou lá que raio vocês dizem: o governo enerva-nos, a gente borra-se todos e os outros é q’enchem os bolsos com papel ós monecos!
Manel Chinês
- “Complô” homem! Não é cápô!!! Mas deixe lá, não se enerve por causa disto… olhe a sua barriga…! Mas ouça, ouça a notícia! Já viu que eles não se preocupam só com o dinheiro?! Também olham pelo ambiente… o papel é todo biodegradável!
Ti Jacinto
- À merda mais isso!!!  Desagradávele é a gente andar aqui a fazer figura d’ursos… (chegando-se ao colega) atão diga-me cá: mas o qué isso do desagrádavele?
Manel Chinês
(puxa o Ti Jacinto para uma mesa
- Biodegradável quer dizer que é rapidamente absorvido pelo ambiente sem o prejudicar.
Ti Jacinto
- A mim? Na prejudica nada, homem! Desde ca nha Maria na ponha desse papel lá na casa-de-banho… na prejudica! Na sei se tá a ver, ó amigo Manel…?!
Manel Chinês
- A ver o quê homem?
Ti Jacinto
- Atão?! Com tantas novidades e modernices… vai-se a ver inda metem lá uns bonecos a mexer-se como na tivisão. E se algum se atreve a meter algum dedo onde na deve?! Olhe quê cá na gosto de sepisitoiros!!!
Manel Chinês
- Não pense nisso…!
Ti Jacinto
- Ah poi não! Da última vez que vinham na recêta do médeco, ingueli-os só pa nã ter de os meter… onde a nha Maria disse…! Reméido por reméido entra por donde m’apetecer. Andê agoniado dois dias mas depôs fiquê bom que foi uma beleza!!!
Ficam calados uns segundos e ouvem uma outra notícia.
“- Então o senhor reaproveita todo o lixo que encontra e faz novos objectos!”
Ti Jacinto
- Boa indeia! Um gajo daqueles é quê precisava lá na sarração – metia-o a quemer sarradura e a cagar barrotes! Nem precisava de limpar o cu e podia ser que m’acabasse ca crise… era ou nã era incológico ó Manel?!

E foi por causa desta notícia que este disparate me surgiu.
Nesse dia deixei a minha mãe a rir à gargalhada com o comentário que me saiu... e acreditem que não foi coisa boa!!!


Deixo também um agradecimento a quem me autorizou a roubar algumas expressões que obviamente levei ao exagero

"Que rica cama"

Numa outra vertente interpretativa de 'pastas' aqui fica outro 'nonsense':

Crónica e/ou Coluna

Os Senhores da Pasta


    Como devem imaginar e entender, a pasta é uma coisa muito importante seja ela de que tipo for. Pois é isso mesmo! Em qual é que pensou? Ah, em pasta! Pois está muito bem pensado meus caros Senhores e Senhoras. É essa mesmo! Talvez não tenha sido a que eu pensei em primeiro lugar mas isso também será apenas um ínfimo pormenor tendo em conta o “estado de vida” do nosso maravilhoso País ou, a “vida do nosso Estado” – organizem o pensamento como bem vos aprouver que tudo irá desaguar no mesmo “rio”. E atenção: quando digo “maravilhoso” não estou a ironizar porque considero Portugal uma pequena relíquia do Globo acariciada pelo Atlântico! Pena é, nem todos sabermos ou antes, nem todos querermos amá-lo e lutar por ele da melhor e mais proveitosa forma.
    Provavelmente, lá atrás pensaram de imediato em dinheiro e estava certo. Mas, se acaso pensaram nas várias Pastas Governamentais… também estaria certo. No entanto, na eventualidade de terem pensado na simples pasta de um Sr. Doutor - seja qual for a especialidade e grau de doutoramento – tenho a dizer que, está correctíssimo. E, para não me tornar maçadora, vou adiantar que, a título particular, pensei em todas elas ao mesmo tempo. Pois é! Já alguma vez pararam para pensar na importância de conteúdo dos milhões e milhões de pastas que circulam por este país? Claro que nesse número não poderemos incluir a população das regiões menos desenvolvidas (já para não mencionar as regiões que os vários governos fazem questão de manter na sombra e, literalmente na escuridão das grutas da Pré-História), nem a população sem voz activa na sociedade – crianças e idosos.
         Pois devo dizer e, na minha modesta opinião, é nessas pequenas maletas (mais ou menos vistosas) que se definem os destinos do país e dos seus “distraídos” habitantes: nós!
    Consequentemente, é nesses amovíveis e pequenos objectos que circulam documentos de extrema importância que nos distribuem e catalogam como habitantes de primeira elite, segunda, terceira, quarta e por aí abaixo, até chegarmos aos habitantes da pedra da calçada que têm a coragem e a resiliência de se aconchegarem em camas de trapo e papelão e a coragem de mandarem as “elites superiores” à merda, ficando assim isentos de impostos, juros, coimas e todos os “aperitivos” financeiros que nós – os espertos – temos de engolir se queremos continuar a andar de “cabeça erguida”. Muitos de nós olham-nos como “fracos e coitados”. Coitados, talvez sim (alguns, claro – porque em todas as ditas “elites sociais” há sempre os “bons” e os “ maus”) mas fracos, não concordo! “Fracos e coitados” somos nós que deixamos de viver a nossa curta e única vida, na correria diária em função de bens materiais e maravilhosos apelos de conforto social que, infelizmente, muitas vezes nos fazem adoecer de excesso de stress, esquecer os verdadeiros prazeres de apenas estar vivos e apegarmo-nos a coisas sem qualquer importância. A esta altura, imagino que deve ser triste, chegar a velhos (idosos para o caso de quererem amenizar a realidade), olhar para trás e, perceber que percorremos o caminho errado e que, a nossa vida não teve qualquer importância a não ser na memória dos que nos amaram – isto para os que pelo menos souberam fazer-se amar. Ah, quase me esquecia: tivemos alguma importância, sim! Os que saboreiam este “amargo de vida” no fim do caminho, serviram condigna e honestamente para enriquecer e elevar as “elites sociais superiores” a que anteriormente me referi.
    Portanto meus Senhorescom ou sem Pasta – ficar-vos-ia eternamente grata (se é que isso vos “aquenta ou arrefenta” – como diz o povo) se, alguns de vós parasse para pensar uns minutos, horas, dias ou meses. Talvez dessa forma todas as pequenas e grandes Pastas do País se movimentassem em prol de um futuro mais risonho e promissor para os nossos filhos, mais digno para os nossos pais… e para nós, claro – porque todos “enrugamos” de forma demasiado rápida para o nosso gosto.
    Como imaginam, muito mais haveria para dizer, alertar e desenvolver sobre o tema “Pasta” mas tornar-se-ia na maior das certezas quase tão maçador como o pior dos livros que se possa ter tentado ler sem interesse ou motivação.   
    Em suma, gostaria de vos recordar da importância de ver, dar e receber um simples sorriso em cada dia porque na verdade, o segredo da evolução e desenvolvimento de um País, está na simplicidade de existir uma população feliz, trabalhadora, empenhada e orgulhosa; não podendo esquecer a colaboração, honestidade e esforço conjunto de todos os habitantes onde também estão incluídos todos os Senhores de todas as Pastas.
    Parece que estou a falar de um mundo “cor-de-rosa” mas não! Estou apenas a falar de um País que deveria de evoluir não só tecnologicamente como também social e mentalmente. Termino com uma “prova dos nove” à moda antiga que ao invés de ser feita com números terá uns intemporais conjuntos de palavras:


“NESTA HORA”
Nesta hora limpa da verdade é preciso dizer a verdade toda
Mesmo aquela que é impopular neste dia em que se invoca o povo
Pois é preciso que o povo regresse do seu longo exílio
E lhe seja proposta uma verdade inteira e não meia verdade

Meia verdade é como habitar meio quarto
Ganhar meio salário
Como só ter direito
A metade da vida

O demagogo diz da verdade a metade
E o resto joga com habilidade
Porque pensa que o povo só pensa metade
Porque pensa que o povo não percebe nem sabe

A verdade não é uma especialidade
Para especializados clérigos letrados

Não basta gritar povo é preciso expor
Partir do olhar da mão e da razão
Partir da limpidez do elementar

Como quem parte do sol do mar do ar
Como quem parte da terra onde os homens estão
Para construir o canto do terrestre
- Sob o ausente olhar silente de atenção –

Para construir a festa do terrestre
Na nudez de alegria que nos veste
                                                              20 de Maio de 1974
                                                        Em “O Nome das Coisas” de
                                               Sophia de Mello Breyner Andresen


E digam lá que as nossas crises não vêm desde a época dos Descobrimentos?!

 Vale sempre a pena dar uns Xutos e Pontapés para que o globo continue redondo


E por Descobrimentos... hoje é o Dia de Portugal , de Camões e das Comunidades Portuguesas. Dia de festividades cheias de pompa e circunstância... e outras tantas diversidades de actos. Talvez por isso não fique mal interligar 'todos os tempos' uma vez que continuam tão actuais: o país continua em crise, as comunidades portuguesas ou que falam português também... só o grande Camões é que já não escreve 'pró boneco' como antigamente - escrevo eu por ele!

Aqui fica então o link entre o passado e o futuro:

E como eu gostaria que as escolas 'aprendessem a ensinar' os elementos do nosso futuro a sentir um interesse e um gosto naturais pela cultura ao invés de lhes incutirem aversão  aos Lusíadas e outras obras similares; que delas saíssem alguns senhores ministros empenhados em alargar horizontes para que consigamos retomar o percurso de desenvolvimento cultural que deixámos lá atrás... e, provavelmente dentro de alguma 'pasta' cheia de mofo.

Afinal, uma pasta de papel pode conter tudo o que nós quisermos.