"Umbiguidades" - Artistas Anónimos / Anonymous Artists

Sim, sim! É mesmo de "Umbiguidades" que tenciono falar. É apenas mais uma das palavras inventadas num dicionário de carácter privado e que mistura o que vos passar pela mente na fusão de umbigo com ambíguo.

A rosa simboliza a nossa natural existência e no umbigo vi a paixão pela arte em forma de coração

Há uma dualidade em cada um do outro que nos faz entender - ou não - a maior parte das diferenças de atitude comportamental e caracterizá-las da forma que melhor nos aprouver consoante o grau de relacionamento, admiração, proximidade, respeito ou, mais uma infinidade de sentimentos que nem todas as palavras conseguem descrever.

Se há coisa que admiro é a Arte. Quase todos os tipos de Arte. 
Por qualidade ou defeito vejo ou sinto essa dádiva que acompanha o ser humano desde os primórdios da sua existência e que, me desperta naturalmente a atenção na maior parte das pessoas que por escolha ou casualidade se atravessam no meu caminho.
Também é verdade que tenho sempre a sorte de ter as melhores pessoas, familiares, amigos e conhecidos do mundo inteiro e arredores... como Artistas! Claro que são os melhores porque também são um bocadinho meus...! Não será só por isso... mas também porque eu quero, porque os descubro, invento, fabrico e, os faço nascer.  
Ah, e principalmente, são os melhores porque, são também os mais empenhados e lutam com todas as suas energias para criarem coisas espantosas.

Pedi este imbigue emprestado a uma dessas pessoas de capacidades especiais. Foi devidamente autorizado a ser nacional e internacionalmente visto, depois de lhe ter explicado a razão e o significado da nova palavra. É um projecto antigo de uma outra qualquer das minhas muitas vidas mas que não sei muito bem o quê, me obriga a partilhar a curto, médio e longo prazo.
Terei portanto, o maior prazer em poder divulgar todo o tipo de arte vivido por todas essas pessoas especiais que fazem parte do meu percurso de vida.
A todas elas, quero antecipadamente agradecer bem como evidenciar que é uma enorme Honra!

Há alguns post's atrás, balbuciei em forma de escrita, qualquer coisa como:

A Arte é algo de especial que o ser humano não explica - é a única forma que a alma de cada um encontra para contar o que sente e mostrar as viagens que faz a todos os mundos que só ela própria conhece e onde lhe é permitido atravessar qualquer tempo ou matéria.

No entanto, nessas viagens a um tempo ou espaço que nem todos conhecem, há uma dualidade de sentimentos entre a necessidade do privado e a partilha de deixar voar a verdadeira essência da Arte de forma a que a sua justa liberdade nunca corra o risco de ser posta em causa por motivo algum.

Umbiguidades passará a ser a partir deste momento, uma nova palavra do meu dicionário e, cujo significado é:  
- acto ou intenção de libertar a arte privada, cortando o cordão umbilical entre a liberdade da alma e a ambiguidade provocada pelo condicionalismo comportamental e/ou social.

"Já agora... vale a pena pensar nisto." ;-)
 
 15 Dezembro 2012
Alda Silvestre





Agradecimentos e participações especiais:
- à Kika do imbigue ;)
- e, a todos quantos me "obrigam" a ser assim todos os dias... :)

Final note: The two next posts will be the resume of Alda's translations of the last two ones. Only that way I can be fair with you and, can also be sure that you'll have a little clue of my particular projects. They're only mine but not less important because of that... ;-)







O Meu Portugal dos Pequeninos começa em Óbidos

Portugal é Pequenino apenas em tamanho. Todos os dias o elogio e enalteço. Todos os dias o mundo está de acordo comigo.
Fizemos, fazemos e continuaremos a fazer tudo em grande escala (os diversos disparates também!).
Acreditem que os cidadãos do mundo que todos os dias nos visitam nos admiram muito mais do que nós próprios... é bom para o mundo e é pena para nós! No entanto, dou o meu mínimo mas válido contributo para que cada vez mais nos admirem, nos visitem e nos amem.
E, quando alguém "nos ama", deseja voltar a ver-nos muitas vezes... por mais voltas e curvas que o trajecto possa ter, será importante que cada um volte mais de uma vez e que melhor ainda nos recomendem a familiares, amigos, conhecidos e que, continuem a descrever-nos como um povo amistoso, simpático e acolhedor.
É agradável e gratificante ver os espectaculares filmes promocionais do nosso País que convidam à descoberta deste pequeno jardim à beira mar plantado. Não será no entanto, necessário esperar que só o mundo nos visite. Será também urgente visitar-mo-nos a nós mesmos "cá dentro" - pelo menos quem ainda o pode fazer! Se não puderem ir muito longe procurem pela 8ª Maravilha mais próxima num raio de 20km e verão como é fácil encontrar duas coisas muito simples: - a própria "maravilha" e a sensação plena de que valeu muito a pena a liberdade conseguida naquele momento.



É muito bom ouvir o mundo dizer que somos multifacetados e que conseguimos falar todas as línguas com o intuito de fazer com que os habitantes do planeta aqui, se sintam em casa. Como ainda não "tive tempo" para ser uma pessoa viajada, tenho por hábito mostrar ao mundo exactamente A Beleza da Simplicidade dos meus variados paraísos. Na verdade, Óbidos é um sítio especial, místico, romântico e mais uma infinidade de adjectivos que nos podem conduzir por tempo indeterminado no labirinto da nossa imaginação.
Comigo, foi assim - de cada vez que passava de automóvel aqui ao lado, estendia o braço, abria a mão em quatro ou cinco segundos e voltava a fechar, guardando lá dentro tudo o que a minha memória  deixava esconder. Quase sem dar por isso a minha vida aproximou-se tanto daqui que num abrir de olhos dei por mim sentada no banco da entrada do Hotel à espera do momento da entrevista para o lugar vago e, num fechar de olhos e muita perseverança à mistura, estava a receber os mais deliciosos e personalizados e-mails, presentes e manifestações de carinho e apreço pela forma como os cidadãos do mundo haviam sido recebidos.



A partir de hoje, com maior ou menor intervalo, muito me ouvirão falar do Hotel, de Óbidos, da Zona Oeste, da montanha, da praia, do mar, dos monumentos e da cultura. Em suma, na minha modesta linguagem muito me ouvirão (irão ler, neste caso) falar de Portugal que só é pequenino para quem o quer fazer diminuto. Que vive em crise sim, mas que ainda é possível de ser superada - dá-me jeito acreditar nisso! Pelo menos a minha parte, será feita da forma que melhor sei e posso! Sem cursos nem doutoramentos - apenas com a liberdade do prazer de fazer e escrever o que me apetece. Tenho consciência de que muitas vezes irei ter o obstáculo do "não". Não adoptarei no entanto, o obstáculo do "eu não posso" porque eu, posso sim! Quando quero muito, eu consigo "quase" tudo!

Aqui, irei deixar algumas das histórias que já atravessaram o mundo e me encontraram disponível deste lado para lhes dar vida. Aqui, irei enaltecer (com as devidas autorizações, claro) todos os Artistas Anónimos a quem já prometi um "Espaço em Branco" disponível neste blog para dar cor e forma às suas mais variadas obras. Também com as devidas autorizações (e com ou sem menção de nomes) irei relatar as mais ternurentas histórias de vida que já me fizeram limpar uma ou outra lágrima teimosa que não quis ficar no seu devido lugar, bem como as mais divertidas histórias que inadvertidamente me obrigaram a fazer abdominais do riso ao ponto de ter que ir a correr para a casa de banho... 
Alguns de vós, estarão agora a pensar: "finalmente...!" Não se admirem - eu sou naturalmente assim quando algo envolve os meus "jogos de palavras". De qualquer forma, a cada obra, história ou sucedido, emprestarei o melhor de mim para enaltecer o melhor da Arte e o melhor do ser humano.

Quero portanto dizer-vos que estão todos convidados - daqui, de além mar e de "além terra", a fazer parte deste Espaço em Branco. Quero que se sintam à vontade para me contactar de cada vez que vos apetecer (posso não responder logo mas nem que seja um ano depois... respondo!). Quero também que todos os que ficaram de me enviar fotos e trabalhos encontrem neste meu post o descontraído à vontade para o fazer agora. Quando não contacto de imediato convosco é apenas porque estive muito ocupada a trabalhar e a viver. Sim, porque viver dá mesmo muito trabalho! ;-) 



Quando os habitantes do mundo me dizem: " que pena vocês estarem nessa crise toda..."
Habitualmente respondo: "é verdade... mas temos de continuar a sorrir..."

O Meu Portugal dos Pequeninos está cheio de sonhos e invenções que, se não tornarem Portugal um pouco Maior, pelo menos a mim, me farão crescer.  :-)


E como é preciso que muitos "pequenos portugueses" se comportem como "gente crescida".




07 Nov 2012
Alda Silvestre

Alda's translation:
Today, because I have fever ;) you can do it with TRANSLATE.EU - very good and much better than google ;-) Thanks

oops... Pioraram das Hemorróidas!



Carlos Zorrinho, PS É na verdade uma notícia azeda por já estar fora de prazo mas tenho optado deliberadamente por só me actualizar com as novidades noticiadas nas revistas e afins "nada cor-de-rosa" quando me apetece! Faço muita questão de ainda ser dona do meu estado de espírito e, não serão com certeza estes "senhores gravatas" - políticos - que o alterará.

Então a notícia é: "O grupo Parlamentar do PS renovou a frota automóvel, adquirindo quatro viaturas - um Audi A5 e três Volkswagen Passat - cujo valor total rondará os 210 mil euros. A notícia é avançada pelo Jornal de Notícias que avança ainda que o dinheiro é proveniente do Orçamento da Assembleia da República."

Motivo: "A assessoria de imprensa da bancada liderada por Carlos Zorrinho explica ao jornal que os carros foram comprados porque acabaram os contratos de aluguer das quatro viaturas usadas pelos deputados, dois Audi e dois BMW."

Coitados!!! Pioraram das Hemorróidas!

Foi a primeira frase e "sentimento" que me veio à cabeça assim que li esta "espantosa" notícia. 
Há alguns posts atrás - "pendurados por um fio" - numa carta também deveras azeda que "escrevi" à parvalhona da Manuela Ferreira Leite aquando da sua intencional chacina aos Hemodialisados com mais de 70 anos, tinha mencionado que há alguns anos atrás já estes "senhores-gravatas" haviam mudado a frota de viaturas porque tinham tido uma acentuada inflamação das hemorróidas e daí precisarem de estofos mais confortáveis... coitadinhos dos meninos que não podem ter o rabinho mal acomodado...

Mas então? Andamos a brincar aos cágados ou é mesmo aos cagados...? A Troika é exactamente o quê? Um brinquedo?! Tem um nome engraçado pelo menos...! E os "nózes" temos de poupar para quê e para quem???

Compreendo que o senhor do Stand tenha de ganhar a vida e que precise que existam clientes com dinheiro..., também entendo que se os contratos de aluguer terminaram, alguma coisa tinha de ser resolvida... mas, por acaso os senhores-gravatas não sabem o que são carros usados ou semi-novos? Não conhecem outras marcas de viaturas um pouco menos dispendiosas na compra e na manutenção? Precisam de grandes bombas para chegar a horas aonde se nos obrigam a nós a viver em "slow motion" e a não esbanjar combustível... Já sei que não são os senhores os culpados desta "nova" crise...! Afinal, nenhum político o é, não é verdade?! Só o desgraçado do Zé Povinho é que se armou em "novo-rico" e usou e abusou do que não devia...! Agora que pague as favas, ora!!!
 
 
Bem pensado seria por exemplo investir só metade desse valor a melhorar os sectores de saúde, protecção ou defesa nacional de forma a que pudessem responder atempadamente às necessidades sociais diárias urgentes de serem resolvidas.

Pior para nós é que os cães ladram e as caravanas/carros deles passam! Eles "andem" aí... e nós a vê-los passar! E o Sr. Presidente que eu pensava que mandava alguma coisa só serve para dar recadinhos amenos e palmadinhas nas costas aos vândalos dos "filhos" betinhos mal comportados que só sabem destruir o País e se acham mais importantes que o comum dos mortais. Reparei agora que um  nome bastante mais apropriado para esta nova rede/teia social é o "gang das gravatas".

Não é nada preciso ficarmos aflitos porque "se o governo cai"... ou porque "vem novas eleições e"... ou porque vai andar tudo sem rei nem roque... e não estamos já assim?!
Nem era preciso gastar dinheiro com campanhas eleitorais, fingir abraços calorosos, distribuir perdigotos ou gastar saliva com promessas em forma de nuvens... já sabemos que a trovoada se aproxima e que contra as "armas" da Merkel e homónimos só mesmo o tempo, persistência e luta nos trarão alguns frutos. Bastava fazer um referendo para saber se há uma opinião geral da população a algum politico que tenha alguma sanidade mental e que à partida leve alguns créditos para nos representar... no mês seguinte já estaria a trabalhar em prol do bem comum no verdadeiro sentido da palavra - simples, rápido e económico!
Continuo a não perceber porque é que ainda anda um coelho a fazer distúrbios graves onde não deve - deixem-no ir para o mato de novo por favor para saber o que a vida custa! Afinal, a nova lei do despedimento é só para os nózes ou é para o eles também?! Despeçam-no, bolas!!! Se só faz m... cocó... é porque não tem habilitações para o cargo! Primeiro vai aprender a trabalhar e depois de devidamente analisado talvez o deixemos fazer alguma coisa de jeito pelo País!
Com tudo isto e tanta interrogação acho que voltei à idade dos porquês... então e o que é viver em democracia?

Ah, mas não nos esqueçamos de saber viver enquanto vivemos...
Vistamos as camisolas! É bom que saibamos lutar pelo que merecemos e pelo que vamos cá deixar.
A Merkel pode ter muitas armas e a Troika obrigar-nos a dar muito sumo mas ainda acredito que no geral somos um povo inteligente, unido, sábio e valente. Já temos dado provas disso. Não importa se não ganhamos sempre, importa que nunca desistamos do que somos e do que temos.


Ainda temos Heróis
Do mar... só alguns
Imortais...
Só os que lutam até à exaustão por aquilo em que acreditam.


16Out2012
Alda Silvestre



?! Por aí !? IV * * * ?! Being Around !?


    Todos os sentidos são o caminho certo
    Se as árvores não morrerem de sede 
 
 * * *

    Every way are the right way
   If the trees do not die with thirst 

08-10-2012
Alda Silvestre


1º Ps. Save the water from yesterday... 'cause "a water bottle can save the world"
2º Ps. See the work that obakky foundation is doing about "our home" 


Notice the way that the little boy 'embrace' Treana's hand... it almost says it all.


More than flesh and blood, all of us are made of feelings, hope and dreams.
What do you dream about..?
Most of them think that one simple bottle of good water would be a huge dream coming true...

3º Ps. More news and projects about obakky coming up soon with my small, although valuable portuguese contribute.

I have nothing but want to give everything
 



    

"Mar Novo" - Banho de Espuma e Pedras Preciosas

"Mar Novo" é mesmo título roubado à minha querida Sophia de Mello Breyner Andresen.
É um livro que comprei há muitos anos com um resto de dinheiro que não tinha sobrado mas que estava livre na carteira da época para me fazer voltar a casa felicíssima da vida.
'Banho de Espuma e Pedras' foi inventado por mim no dia da nossa mais recente "revolução".
"Liberdade" foi o poema que li quando voltei a casa:
"Aqui nesta praia onde
Não há nenhum vestígio de impureza,
Aqui onde há somente
Ondas tombando ininterruptamente,
Puro espaço e lúcida unidade,
Aqui o tempo apaixonadamente
Encontra a própria liberdade."


15 de Setembro 2012
Foi o dia em que Portugal começou a 'falar' a sério aos políticos - estou fartinha deles até às pontas dos meus cabelos (e atenção que são compridos!). Não sei escrever crónicas ou assim... e que falem na terceira pessoa. Faria uma boa figura se soubesse mas, no mínimo há uma coisa que sei:  cada vez mais detesto o dinheiro e aquilo que a falta dele faz às pessoas, alterações comportamentais que origina e, tudo o que traz à superfície da esfera do mau carácter quando a vida económica não corre na direcção da riqueza.
Felizmente, há muito fiquei imune e, o muito e o pouco já não me altera o estado de espírito. Pode alterar ou condicionar a liberdade exterior... mas só essa! No entanto, fico sempre mais triste e decepcionada quando vejo alguém achar-se no direito de "vender a mãe" ou "roubar o pai" quando a vida económica não lhe corre bem.

Apesar de alguns contratempos, espero bem que Portugal continue a saber falar desta forma pacífica porque, embora estejamos todos a pagar demasiado caro as decisões governamentais para travar agora o melhoramento social a que já estávamos habituados, decerto será bem pior se optarmos por violência. Porque violência só gera mais violência e afectará a vida de todas as gerações - avós, pais, filhos, netos, bisnetos e por aí adiante. E aconteça o que acontecer, importante mesmo é conseguirmos manter a sanidade mental e a liberdade de pensamento que leva ao sonho necessário à mudança e ao melhoramento pessoal e consequentemente social.

Nesse dia estive a trabalhar. Estava um dia de calor brutal e um céu azul lindo. No resto de tempo que me sobrou fugi para o meu mar (como sempre) e deparei-me com um imenso nevoeiro na praia. A temperatura estava boa e decidi aproveitar o que tinha só para mim - paz, liberdade e muitas pessoas a partilhar um dos meus paraísos. Nesse dia de trabalho, tinha acabado de receber a energia positiva e uma gota de esperança de duas pessoas super bem dispostas que eu não conhecia mas que de imediato deu para sentir que estava "pré-programado" pela vida para que tal acontecesse. Percebi que essa energia e essa gota de esperança também faziam falta àquele dia através do pouco que posso fazer.

Circularam na net e no facebook aquelas maravilhosas fotos da miúda gira a abraçar o polícia... Isso sim!!! Sempre!!!

Isto não!!! Nunca mais, please!

 

Acho importante que nos mantenhamos pacíficos! Já temos exemplos que cheguem do que acontece nos outros países... é mesmo melhor ficar pelas reticências - poupam-me repetições, saturação da vossa parte e evito estar para aqui a fingir que sou inteligente e que percebo alguma coisa de política internacional.

Andamos todos assim:


amolgados e de língua de fora com o peso de todo o aparelho governamental e instituições privadas que ordenam e usurpam a nossa vida para que eles possam "ser quem são". Não está certo, não!!! Apesar de Medidas de Austeridade, TSU's, aumentos de IRS's, IVA's e o diabo a não sei quantos sete para a frente e para trás...  ainda estou estupidamente cheia de esperança e ainda acredito que "all together now" talvez consigamos com inevitável sacrifício concretizar um milagre.
E, quando digo "all together" referi-me a TODOS mesmo! A começar pelos políticos sem excepção, directores de grandes empresas e outras sangessugas que nos provocam uma anemia social extrema e que nos deixa prostrados, doentes e sem força anímica ou moral para ripostar condignamente a quem de direito.
Tenho a certeza de que actualmente e sem qualquer doutoramento feito à pressa seria capaz de orientar melhor o país do que aquilo que eles estão a fazer... até danço todas as semanas e tudo... não recebo créditos para diplomas por isso mas, sou garantidamente mais feliz do que eles!!! 

Qual ordenados do outro mundo e reformas acumuladas..., assim todos querem o poleiro para nos lixar a vida - nem sequer se importam se o galinheiro está carregado de merda e muito menos com aquela que vão ter que fazer para encherem o papo e incharem a crista à contas dos desgraçados dos frangos que já nem se seguram nas pernas.
Bom mesmo, era os cargos políticos serem atribuídos por votação populacional (tipo votação Nova Gente para os Globos de Ouro), receberem um "ordenadozinho" no fim do mês de forma a que não morressem de fome - sim, porque apesar de nos fazerem muito mal e eu ser muito pré-histórica sou anti-violência - e, só seriam economicamente recompensados no final de cada ano se o resultado fosse positivo. No entanto, se cometessem a proeza de "desviar fundos", consoante a gravidade do desvio, seriam presenteados com trabalhos comunitários obrigatórios e gratuitos em prol do desenvolvimento da região que tinham desfalcado ou com pena de prisão como qualquer ladrãozeco pobretanas de "meia-tijela". Talvez fosse muito mais proveitoso... digo eu, que até nem percebo nada disto e que já nem suporto ver notícias, debates e afins.

Já sabia, mas no dia 15 Setembro, tive a certeza que não quero ser obrigada a sair de Portugal para salvar a minha pele e a daqueles que amo. Afinal, é lindo este meu jardim à beira-mar plantado.

Por uma causa maior, para estar com amigos e família e lutar por causas em que acredito serei capaz de dar a volta ao mundo... mas não quero ter de abandonar todos os meus paraísos que descobri neste país que só é pequeno em tamanho territorial e em cérebro governamental. Não quero ter de abandonar o sítio onde recebo o mundo inteiro com um sorriso de felicidade, cheia de orgulho e amor à minha bandeira por dizer que vivo num paraíso de sol, de beleza natural, cultural e que tem muito mais do que 7 Maravilhas para oferecer a quem nos visita.

Nunca ambicionei ser uma pessoa "viajada" - talvez porque nem valia a pena pensar nisso - mas agora, que o mundo inteiro viaja até mim quero ser suficientemente feliz para conseguir continuar a emprestar-lhes a honra e o orgulho que é ser-se português. 


Nem imaginam a satisfação que sinto quando os vejo chegar encantados com o que já viram, e quando partem com a felicidade estampada no rosto - alguns até emocionados e com lágrimas nos olhos (tão queridos!) -  por terem vivido o nosso país da forma que eles acham que nós vivemos. Mais satisfeita fico ainda quando me dizem que somos um povo amistoso, prestável, alegre e carinhoso com quem chega de novo.
Há dias em que fico com um sorriso sim, mas a pensar o quanto nos sai caro "sabermos ser felizes" no meio de tanta adversidade.
Claro que é importante, termos o mínimo de condições sociais, culturais, ministeriais e mais uma série de coisas terminadas em "ais" mas que de preferência não sejam o barulho das nossas dores...
Claro que também comandamos alguns dos cordelitos das nossas marionetas... mas, convenhamos que é tão fácil perder a motivação e a moral quando remamos contra uma maré gigantesca de senhores e senhoras, cujas ideias reclamam sempre pelos nossos direitos mas cujos actos ficam a milhas das nossas necessidades. NÓS, somos muito maiores, mais válidos e mais fortes do que ELES! Tenho a certeza de que não aguentariam viver um só trimestre da forma que nós vivemos. E com isto, nem sequer estou a referir-me às classes mais desprotegidas... a classe média e/ou "média-alta" também já vai muito mal e cheia de privações.

 No dia da "Revolução do Abraço" da menina de caracóis vermelhos ao polícia sorridente, vivi um bom dia de esperança; remexi no meu tesouro de pedras - até veio alguém perguntar-me se eu era entendida em pedras... - massajei os pés na espuma de neve do meu mar e voltei a casa com a certeza de que não me podem prender a imaginação nem o movimento. Decorei o meu estimado livro velho com as minhas pedras novas...
Não me importo de partilhar com o mundo o tesouro do meu Banho de Espuma, onde vou buscar energia e de onde venho sempre com a mochila carregada de "Pedras Preciosas". 




Reconheço que talvez tenha feito falta numa qualquer manifestação perto de mim mas, para além de ter tido horário para cumprir, tenho agora de inventar energia, força e motivação para concretizar obras que fazem alguma falta. Algumas delas serão projectos que aqui virei estacionar e de onde partirão em prol de bens sociais e comuns. Portanto, não me enfiem dentro de um "colete de forças" porque eu tenho mais que fazer.

Quero pois, ver as gerações mais novas a fazerem coisas válidas e a não terem de partir por tempo indeterminado para os países de onde são oriundas as pessoas que vão daqui com lágrimas nos olhos e com o coração a pedir para voltarem no ano seguinte... e os que podem voltam mesmo! Quero fazer parte de um Mar Novo de projectos cheios de Pedras Preciosas, inevitavelmente mais brilhantes a cada Banho de Espuma. Quero poder ver "daqui" a vida a amanhecer e a adormecer todos os dias.


Quero...
Só porque me apetece ter esta dádiva.


Quero...
Porque me apetece partilhar com o mundo um pouco do muito que temos.



27.09.2012
Alda Silvestre


Ps. If possible, please use a good translator because this post it's only the beggining  for what you're already waiting for ;-) thanks a lot for reading me :-)





!? Por Aí ?! III * * * !? Being Around ?!

[This is a promise in both ways]

It is so easy to see your way with the daylight...



but you can't stop surching for it even if the circumstances are not the best


They can take everything away from you but they can't take the freedom that lives inside you!


Where will the children play???
If you don't do something urgent about it...

* I think I'm very rich because I still see the children playing right in front of me and I'm always learning a lot with them *

Gotta go now to re-start doing my part!

18-09-2012
Alda Silvestre

[Done! I did promise that the next post would be in English... ;-)]










Amo-te Mãe / Love You Mother


Dois anos passaram e eu já fiz e inventei de tudo para Te chegar, para Te sentir...
Não sei se te disse... mas deves saber... - comprei-te este livro da Helen Exley três dias depois de te tocar pela última vez - estava nos correios e peguei-lhe, folheei-o e, a cada folha que passava sentia um arrepio por ter tanta coisa em comum com o que tínhamos partilhado durante tantos anos... até o relógio era idêntico ao teu... trouxe-o comigo com uma felicidade imensa em forma de presente para ti mas com a consciência de que já só o poderia oferecer a mim mesma...
E ofereci, na altura, tirando fotos a tudo o que sobrava de ti na tentativa inconsciente de te eternizar.


Há dias e horas em que flutuo com a sensação de que me empurras, orientas e acompanhas... mas depois, vêm os outros como hoje, em que nada me basta. Faça eu o que fizer, escreva o que quer que seja onde quer que me apeteça... não há nada que o mundo invente ou me dê e que me baste.

Hoje, uma parte do meu coração está feliz porque recebeu o delicioso abraço do meu filho :-) :-) :-)

Uma outra parte de mim está triste e até zangada comigo mesma porque deveria de ter sido suficiente... mas não foi - continuas a fazer-me falta! Amo-te Mãe!

Eu sei que já estás fartinha de me ralhar porque não devo sentir assim... eu sei que me dava jeito não ter memória e seguir em frente sem dor alguma... mas, tal como me chamavas, sou "espírito de contradição"...

Sabes bem que há dias em que sou muito feliz dentro de mim mas depois, vêm aqueles dias mauzalhões, como hoje, que só me apetece correr até te encontrar... sentada, à minha espera com um sorriso de quem ama de verdade, ajoelhar-me e deitar a cabeça no teu colo agarrada às tuas mãos deliciosas, remexer-te e desengonçar-te no meio de risadas à toa por ter dito um disparate qualquer.

Nos outros anos, neste dia, levantei cedo, fui buscar dois ramos de flores e, para acalmar o coração, um deixei-o "junto de ti" com um beijo... e o outro, ofereci-o à minha sogra acompanhado de um abraço apertado - apesar de tudo... somos amigas e ela sabe dar-me abraços muito bons.
Hoje não me apeteceu... não me apeteceu nada! Hoje, estou naqueles dias de Aldinha birrenta, que abanava  as rabichas, atirava os sapatos fora e que, sem o saber dizer, sabia apenas sentir...: "eu só quero a minha mãe!"

Agora, também sinto falta de tudo o que me deste, de tudo o que ensinaste e, confesso que tenho pena e até vergonha de não ter a tua força mas na realidade... do que sinto mesmo falta... é de ti e do teu mar de amor sem fim.


Aqui há uns dias atrás vieste dar-me um abraço demorado e delicioso. Eu sei que era sonho mas foi igualzinho... em sentimento, cor e sabor... pedi-te para não ires embora mas tu apenas sorriste e fizeste-me entender que é assim que tem de ser.
Esse dia foi muito bom e ri muito com alguns dos meus amigos. Às vezes quase parece que és tu que me vais colocando no caminho as melhores e mais importantes pessoas desta minha "vida nova"... dizem-me coisas que tu costumavas dizer e fazem-me pensar. "Acordam-me quando adormeço e sossegam-me quando estou demasiado agitada". Sabes bem, que por mau feitio ou teimosia acabo sempre por fazer apenas aquilo que sinto... e que, embora nem sempre seja benéfico para mim, continuo a trazer tudo e todos nas prateleiras do meu coração - muito desarrumadas, é certo, mas guardo tudo lá.


Não sei se imaginas como te admiro...
Eu sou realmente uma filha vaidosa e orgulhosa de ti.
Tenho feito de tudo para ser feliz, para me distrair e para não perder o que tenho de melhor mas, hoje, faltas-me tu.
Hoje, vou fazer de conta...
Porque tenho saudades de puxar a roupa da cama e te ajudar a deitar, de te aconchegar, de te puxar o nariz, dar-te um beijo de boa noite, apagar a luz do quarto e dizer:
"- Até amanhã mãe, dorme bem! Gosto muito de ti!"
Vou fazer de conta...
Porque tenho saudades de ouvir a resposta com o som da tua voz.

Mas não te preocupes porque agora, que tu não estás... todos os dias tenho algum habitante do meu coração que me diz o que preciso de ouvir:
"- Até amanhã;
- Fica bem;
- Gosti muitiii;
- Beijos, beijokas e beijinhos;
- Gosti;
- Dorme bem;
- Love u;
- Todos os dias penso em ti tia;
- Amo-te muito;
- Adoro-te;
- Vê se descansas...!; 
- E vai dormir que o teu mal é sono... ;-)

Fazia-te rir quando te dizia que não me vias chorar porque eu aproveitava todas as lágrimas para poupar mais água na hora do duche e assim poder ser mais amiga do ambiente e do planeta...
Agora, são todos eles que protegem o planeta e que pelo meio de abraços, beijos e "lol's" me dão a mão, não me deixam chorar tudo o que me apetece e, dessa forma, não possa contribuir para alguma tromba de água que aproveite a conexão entre os meus olhos e o aquecimento global! :-)

E agora vou dormir que o meu mal é mesmo sono...
Vê lá se te lembras disto?!


"- I love Milka... e a ti também, mãe!"
"- Ohhhh... e eu vou guardar o teu coração... assim, junto do meu, sempre!"
E encostaste a caixa de chocolates ao peito...

A caixa ainda está guardada aqui ao lado... mas o meu coração, em muitos dias, já não sabe onde mora.

Beijos querida,
Mesmo sem poder desejar-te boa noite...
Amo-te muito




* Quando olho o céu à noite e vejo centenas de estrelas imagino que estás feliz com dezenas de amigos em volta... quando só vejo meia lua e uma estrela imagino que "lá", dorme uma bebé que tu estás a proteger *




06.05.2012
Alda Silvestre


Ps. Promise that the next post will be all in English! Thanks always to all of you around the world! I'm sorry for being a little sad today... take care! xxx




                                                                          





As mais sexys e apetecíveis cuecas de gola alta

Para Homens e Mulheres!!!
 
Making of #1 com Vanessa Martins - 1ª Maxim
(video mudo porque a Vimeo roubou o som ao Youtube por causa dos direitos de autor)


                  http://vimeo.com/channels/portugal#35746...
                                [muito mais agradável ver neste link com audio]

                                                *Post iniciado no dia em que a revista foi para as bancas e...
                                                  terminado hoje... apenas porque chegou o dia certo*

Nesta primeira edição da nova Maxim houve algo que me despertou à atenção. Decidi falar de três particularidades, sendo a primeira delas uma pequena contestação, a segunda um alerta para mulheres que andem ou sejam distraídas - o pior é que sou uma delas... e, a terceira curiosidade é apenas uma chamada de atenção para alguns jornalistas das revistas tipo "cor-de-rosa".


A primeira contestação é: tenho uma "emenda" a fazer ao slogan escolhido para a revista por esta equipa de profissionais. É na verdade um bom slogan de atracção e de vendas mas, dizer que "a Maxim é a melhor invenção depois da mulher"... considero um termo ambiguamente elogioso e redutor. Não concordo nada que a mulher tenha sido uma "invenção"! E, jogando com o poder das palavras, a única frase que me ficou a martelar na cabeça foi: "a mulher foi uma necessidade espontânea da natureza" - por isso saiu tão perfeita! :-) Já os homens, são igualmente perfeitos mas, foram uma obrigatoriedade da natureza :-) para dar continuidade à mulher, protege-la com a sua força natural e acarinha-la de forma a que o ciclo e o círculo do amor/sexo seja vicioso e ininterrupto - digo eu...! Pena é que só há algumas décadas ambos os sexos se comecem a ajustar e entender neste campo. Ainda nem todos têm a capacidade de o fazer mas, com mais alguns séculos chegaremos lá com certeza - envergonhados também por sermos tão lentos na evolução... mas quero muito acreditar que chegaremos, sim! Ou não...! Onde quer que "me encontre" nessa altura, estarei a aguardar a info numa qualquer Maxim à venda no "Inferno"  - sim porque  tal como diz a anedota, "o Céu é muito frio e é no Inferno que estão os homens bons..." - parece-me  ter percebido qual o "grau da bondade" mas, quem me conhece sabe que sou muito enregelada para sobreviver no 'frigorífico dos céus'.
"Attention please!" - nada disto tem uma conotação feminista até porque acredito que a melhor base é sempre o equilíbrio e a partilha.


Na verdade, considero que a natureza nos concebeu a todos como organismos vivos perfeitos mas também acho que quis atrever-se à experimentação de colocar um "outro mundo" dentro de cada um de nós - o cérebro. E, talvez porque a mãe natureza decidiu aloja-lo um pouco acima dos nossos olhos, por muito que achemos saber quase tudo, ainda não conseguimos chegar nem perto do entendimento e da capacidade desse mesmo "mundo".
No nosso dia-a dia é frequente ouvir dizer frases no género: " é totalmente doido(a)"; " aquilo não são propósitos de..."; "que figura ridícula"; "tem a mania que..."; "não está correcto"; "eu não seria capaz"; "a idade já não permite..." - ainda bem que somos todos diferentes!  Há alturas em que a vida nos coloca dentro duma "máquina de lavar", nos dá voltas e mais voltas, centrifuga-nos e, quando termina o "programa", abre-nos a porta e fica à espera que tenhamos coragem de sair da zona de desconforto do "tambor". Quem tem a coragem de sair, é provável que traga estas frases todas trocadas, sem lógica para o "seu mundo" e com as palavras a saltitar de um lado pro outro sem fazer qualquer sentido no imediato. Os que se sentem todos "partidos" e cheios de dores ficam quietos à espera que alguém os venha "descontorcer"... só não se apercebem de estar a correr o sério risco de "lá" ficar para um "sempre" demasiado longo e terem de aprender a viver com muitas manchas de bolor  e com um intragável cheiro a bafio.


E o que é que esta teoria da treta e das máquinas de lavar tem a ver com a Maxim e com a sensualidade da Vanessa Martins? Nada...! E pode até ter muito! Deixo ao vosso critério.
Isto pode parecer um assunto de uma futilidade extrema. Pessoalmente não considero assim e, achei "valioso" que a Vanessa tenha dito: " um dia vou poder dizer aos meus netos que a avó foi a primeira capa da primeira Maxim..." - tão querida: já está a preparar a "ramboia" com os netos - muito positivo mesmo!
Pensem e sejam aquilo que vos apetecer porque o mais provável é só serem valorizados quando já não tiver importância alguma. É comum só admirarmos a paisagem que vemos à distância e não aquela onde temos os pés... no entanto, do outro lado, está sempre alguém que preferia estar no nosso lugar.
É habitual dizer-se que nos é obrigatório viver intensamente o presente e que o passado e o futuro não interessa nada para o momento - certo! Pior é quando se vive tão intensamente o presente  de forma a desmoronar o que de bom construímos no passado e isso coloca em risco o trilho do futuro.  Pior ainda quando todos os dias construímos um futuro digno, honrado, cheio de sacrifícios e quando nos apercebemos, fomos apenas insignificantes marionetas utilizadas pelos outros ou, para usar um termo mais valioso, termos sido heróis e heroínas sem valor e atirados para o lixo de uma vida social cheia de exigências estúpidas e descabidas. Independentemente das experiências boas ou menos boas, memorizadas e registadas dentro dos "nossos mundos", há que saber aproveitar o supra-sumo do "fruto conseguido" de forma a que o passado seja a base da melhor vivência presente na direcção de um futuro emocionalmente confortável e sem arrependimentos.
Em suma: ainda que sejamos recheados de muitos defeitos - físicos ou não - somos todos "um mundo especial". É realmente urgente aceitar e respeitar as diferenças relacionais de forma a conseguirmos ser Homens e Mulheres perfeitos dentro da nossa natural imperfeição... nem que para isso tenhamos a árdua tarefa de transformar umas assustadoras "cuecas de gola alta" na imagem mais sexy e apetecível. O mundo dá muitas voltas ao tambor da máquina da vida e em qualquer altura estamos sempre a tempo de mudar, melhorar e aprender a aceitar o que de novo a vida traz aos "mundos" dentro de nós. 


A segunda curiosidade é dedicada a todas as Mulheres distraídas e Homens pouco atentos...
A vida é feita de ciclos. É muito comum que tanto homens como mulheres, por vezes e até por décadas em alguns casos, os atrevessem sem sequer se darem conta de coisas mínimas mas com importância extrema. Há uma corrida social frenética e eloquente por ambições, carreiras e ascenções profissionais. Os filhos e a família também são uma razão desculpável para as distracções e faltas de cuidados com o nosso eu. Queremos tudo  o que está do "lado de fora" e esquecemo-nos do "lado de dentro" . É precisamente o contrário - se estivermos ricos do lado de dentro o mais provável é que consigamos atrair muito do que está do lado de fora. Não devemos distrair-nos demasiadas vezes porque pode sair demasiado caro. Amem-se, gostem-se, queiram-se e  especialmente, impressionem-se de forma mutua. Se conseguirem, benéfico será começar pelo "lado de dentro" dos vossos mundos de forma a que transborde o melhor para o lado de fora. O que está apenas do lado de fora é como uma bola de sabão que ao mínimo toque rebenta.


"Ok, so you're Brad Pitt... so, you got a car?!" 


Portanto, homens e mulheres, lutem, corram, sonhem, ambicionem mas não se esqueçam de se mimarem com tudo o que merecem e que esteja ao vosso alcance. E, se por culpa da "troika" ou de algum "coelho" que vos saiu na cartola, não puderem ter aquela roupa (íntima ou nem por isso) que, num qualquer segundo já vos atravessou o pensamento..., criem e reinventem a vossa própria moda, nem que tenham de transformar e alterar umas ceroulas do vosso avô, uma cinta ou uma combinação antiga da vossa mãe ou até algo vosso já fora de moda, numa fantástica peça original. A "moda" foi inventada para nos servir e melhorar e não para nos escravizar de forma a derreter as  nossas queridas carteiras cheias dos actuais vírus europeus - "faltadeuros" - em todos os anos que inventam que isto ou aquilo é moda e que aquilo que estava na berra no ano anterior já é totalmente piroso.  Em época de crise não caiamos em jogos de interesses comerciais porque somos povo para abarrotar de ideias bombásticas em todas as vertentes. 
Descobri há dias numa montra de Lisboa - e corro o risco do proprietário(a) vir a correr processar-me - exactamente o que tinha imaginado poder fazer com as ceroulas ou cuecas de gola alta de um antigamente  e que, ficariam garantidamente atraentes num misto de pele bem hidratada... com o modelo que passo a exibir:



Se pensarmos um bocadinho mais adiante..., nós descobrimos o Brasil, os brasileiros inventaram a tanga - e  actualmente fazemos um figurão com ela... - depois, os dentistas brasileiros mostraram-nos os benefícios do fio dental na higiene dentária... - alguém mais ousado decidiu "muda-lo de sítio" e obrigou a classe médica a defini-lo como "fio dentário" para não existir o risco de algum paciente mais distraído usar o fio solto de algumas cuecas que estivessem mais à mão e estalar o chumbo a algum dente aquando  da  higiene dentária matinal ou nocturna... Então, não seremos nós suficientemente inteligentes e inovadores para, mesmo de "tanga", sabermos criar e executar artigos e peças de qualidade - seja em que matéria for - de forma a aumentar as exportações e voltar a descobrir e desbravar economicamente "outros mundos" lá fora?! E não tem necessariamente de ser só o Brasil. Se tudo tem uma sequência e pressupõe evolução, agora... talvez estejamos em tempo de sensibilizar mercados para o facto de que também é agradável despir muito mais... imaginar e reinventar. É tudo um jogo de cintura com o poder das palavras, aliado à força da motivação para fazer acontecer.


E, pegando nas palavras da Vanessa Martins acerca dos netos... aqui fica um exemplo de que tudo ou quase tudo na vida é possível ainda que muitos outros considerem inapropriado ou fora de contexto daquilo que é inventado como socialmente correcto. A beleza física socialmente imposta pode desde cedo transformar-se numa armadilha psicológica. Certo é que nem todos temos oportunidades ou vivências existenciais para evitar o inevitável mas, é da nossa inteira responsabilidade dar o nosso melhor dentro de cada um dos nossos mundos.


                                  
Com maior ou menor felicidade, dores ou contratempos, o facto é que o tempo corre sempre até ao fim  sem esperar por nós, ainda que por vezes sintamos necessidade de descansar ou fazer um intervalo  no espectáculo  da vida.

A terceira observação está relacionada com os pés da Vanessa Martins. Não compro revistas cor-de -rosa  mas dou sempre uma espreitadela "nos bonecos" quando as encontro perdidas numa qualquer sala de espera onde seja obrigada a sentar-me. Há muitos meses atrás ou até talvez um ano, vi  numa dessas folhas perdidas, uma imagem caricata dos pés da  Vanessa envoltos numa gigantesca argola onde mencionava a falta de gosto para a escolha das sandálias que lhe evidenciavam os joanetes. Ri-me sozinha  porque na verdade aquele era um assunto de extrema importância para os bons valores e costumes da nossa sociedade...  enfim. Agora, olhando para "as cuecas de gola alta" ostentadas na revista Maxim, deve ser elemento que os responsáveis pela edição da mesma ponderaram dias a fio - "ai os joanetes da Vanessa...". Deduzo também que todos os que compraram a revista foi exactamente por causa da curiosidade com os ditos cujos... ;-)


Moral da história: "vale tudo menos arrancar olhos"! Sejamos nós lindos, feios, magros, gordos, largos, compridos, curtos, redondos ou bicudos nunca nos devemos distrair, desleixar ou desmoralizar. Quer os outros nos condenem ou incentivem,  façamos o nosso melhor ou não, é obrigatório que o resultado final seja sempre compensador para o nosso mais íntimo e profundo "eu" e com a certeza de missão cumprida.






 24.04.2012
Alda Silvestre
                                                            









Nada por Tudo

      Às vezes não me apetece! E agora, não me apetece - fazer, pensar, correr, programar... enfim, viver... agora, não me apetece! Qual é o mal de não querer viver a repetição por uns longos minutos ou até algumas horas? Não me apetece, pronto!
      Estou aqui, quieta! Apenas movimento ao de leve a mão para construir mais um desenho de palavras... mas estou quieta. Agora mesmo, não estou a viver nada. Estou apenas a saborear a vida, o vento e, a deliciar os meus olhos com a paisagem. Pode não ter nada de extraordinário... mas eu vejo.

     Os outros que agora não são eu, correm velozes ali mais em baixo e numa velocidade sem luz bastante  mais adiante. Correm por todos os motivos válidos e também por aqueles sem qualquer importância. Deslizam sobre rodas pretas e quase todos pintados com a mesma predominância de cores: brancos, pretos, cinzentos... olha, passou agora um que seguia vermelho.
    Cruzam-se em filas, tão próximos e tão distantes... quase podiam fazer como as formigas - colocar os braços de fora e cumprimentarem-se mas, na verdade, o tempo que se iria perder com essa atitude. O percurso demoraria mais do dobro e quando chegassem ao destino estariam todos atrasados para viver... por isso correm... e eu aqui, quieta, só porque não me apetece. E que bom é fazermos só aquilo que realmente nos apetece...! Nem que seja apenas nada.


       Não! Agora não estou a viver. Pelo menos, não como aqueles que vejo atravessar a paisagem. Essa, está como eu - quieta. Só tem uma brisa que a bamboleia. Se eu ali estivesse no meio diria que está muito vento mas a paisagem não diz isso! Mesmo na minha frente está um grande grupo de árvores que parecem uma família... ou então são muito amigas e são na mesma uma família. Umas grandes, outras mais pequenas mas são todas lindas e orgulhosas por estarem ali... uma delas está separada das outras, é mais pequena e parece mais caída...talvez seja mais velha e já se sinta demasiado cansada com o peso de todos os dias. Ou então, é bastante mais nova e ainda está a aprender a crescer - tarefa igualmente árdua...! Também pode estar doente ou apenas triste... mas não me parece. Provavelmente quer estar quieta para conseguir saborear melhor o vento leve misturado com o resto do sol. Pois... deve ser isso porque ela não se mexe. Deve querer estar sossegada para apreciar o castelo ao longe e os moinhos de vento no limite do horizonte ou, então... interroga-se incrédula de como é possível que os "bichinhos reluzentes" que atravessam a paisagem à velocidade sem luz, já não possam parar de viver a correr para poderem sentir a delícia de estar quieto com tudo.


Eu também cheguei aqui a correr. Estacionei num sítio sem qualquer importância emocional mas de uso necessário. Fui lá dentro a correr mas quando voltei, ouvi as árvores, os montes e o horizonte dizerem: "estamos todos aqui... quietos, à tua espera! Será que podes trocar todo o teu nada pelo nosso tudo?

Devem ter ficado felizes por eu ter decidido ficar tão quieta a viver o meu mundo junto com o deles porque, agora, o sol veio amarelar-me ainda mais os caracóis com uma luz especialmente deliciosa e, ao mesmo tempo que se esconde no meio das minhas novas amigas árvores, sussurra-me no meio do vento: 
- "Que bom teres ficado aí quieta a brincar connosco. Que bom teres trocado tanto nada por isto tudo!"

    16.04.2012
     Alda Silvestre

"Quem dança é mais feliz" * Escola de Dança e Artes de Óbidos | Rua de Baixo


[única foto perceptível autorizada pela sra. minha máquina]
            Por amor à arte, há algumas luas atrás escrevi este artigo. Foi o meu primeiro 'filho' mais público mas confesso que nunca me sinto confortável por mostrar as minhas 'acrobacias' literárias. Sinto-me até constrangida por parecer que estou a exibir algo privado. Na verdade, toda a arte é privada. Porque é genuína, espontânea e deixa a alma falar sob todas as formas possíveis e imaginárias de todos os mundos que percorre e conhece. Por vezes, melhor até do que o próprio autor da 'obra de arte'. No entanto, apesar de privada, é de lamentar quando fica presa ou camuflada pelas mais variadas razões.

No mesmo dia em que um 'amigo distante' me fez uma crítica construtiva a este 'Espaço em Branco' e me apercebi que falo demais do meu mundo constatando de que sou capaz de provocar algumas náuseas por saturação, recebi um saboroso elogio de um 'desconhecido próximo' e que também admiro no mundo da arte. Agradeço aos dois! A um porque me deu a coragem de 'exibir' o meu primeiro filho de forma a ficar aqui exposto e assim conseguir provar que também sei falar sobre outras coisas; ao outro porque me deu uma enorme força para não desistir do blog. Obviamente, de escrever nunca vou desistir!!! Tal como diz o  admirável José Luís Peixoto "o que guardamos dentro de nós, azeda-nos".

Deixo então aqui, um pequeno exemplo do que se pode construir por amor à arte através de um simples sonho.
Parabéns à Maria porque sonhou, a toda a equipa deste projecto e a todos os que ainda sabem sonhar.
Agradeço: 
- à Escola de Artes por me ter deixado participar de uma forma tão diminuta;
- ao "RuadeBaixo" e ao Pedro por ter acreditado em mim e também pela foto imponente - porque a minha máquina se lembrou de não 'querer' aproveitar os registos desse dia;
- e, ao Sr. José Martins dos Santos, que eu não sei quem é (ainda!) e me agradece este artigo através do seu comentário.
- e... a quem, só amanhã irei lembrar que me esqueci de referir :-)

"O sonho comanda a vida"...
...e a dança indica um dos caminhos da felicidade.

Escola de Dança e Artes de Óbidos | Rua de Baixo


Alda's translation and resume:

"People who dance are happier" * School of Arts and Dance of Óbidos [Magazine "Rua de Baixo"]

This was my "first serious public child" relationed with my written. It talks about a new School of Arts in Óbidos that started only because a friend of mine dreamed about it one day.
I confess I'm not very comfortable showing 'my words' but I'm honored to be allowed to talk about the School and about this special project.

I consider that every kind of art is something private. Because it is genuine, spontaneous and because it allows the soul to 'speak' in everyway you can imagine and about everyworld the soul knows and travels through. Sometimes, even better than the art's owner.

At the very same day that a 'distant friend' made a constructive criticism about my blog and I've noticed that sometimes I talk too much about my world, another person that I don't really know but that I'm a little closer, told me that he did like my "White Space". So, I thank both of them because the first one made me have the courage to start to show my 'little things' and the other one because he made me see that it really was a stupid thing to do by quit my blog. I will never quit from writing but sometimes I really don't see no point to keep this up.
Portugal really is a rich country giving so many important persons to the cultural landscape and to the world... one of them is "José Luís Peixoto" that I really admire and he says something like this: "what you keep inside of you, makes you sour". So true... that's exactly why I have to write about everything... and me ;-)

The link shows you a good example of what a simple dream can do.

"Dream commands life"... (says another Portuguese poet - António Gedeão)
...and dance indicates one of the several ways to find happiness... says me ;-)

!? Por aí ?! II * * * !? Being around... ?! III




Vou
Por onde o vento me soprar
Com a calma a que o mar me souber
Até o Sol me queimar
Mas Vou!








I'm going
Wherever the wind might blow
With the quietness the sea can taste to me
Untill the Sun burns me
But I'm going!


*accepting the right translation again * :)