Once upon a time... Um grupo de amigos - todos avariados do cérebro, diga-se! - decidiram ir divertir-se para a antiga e saudosa Feira Popular de Lisboa. Depois de experimentadas algumas das actividades do recinto, nunca mais foram os mesmos: um dos elementos do grupo, foi 'embrulhado' dentro do Comboio Fantasma e assim obrigado a atravessar um percurso para o qual não estava preparado. Mal abriu os olhos durante o trajecto - tinha medo do escuro, suponho - e, quando se viu a céu aberto percebeu que aquele Comboio Fantasma lhe tinha modificado uma pequena/grande parte da vida em poucos minutos.
A cada mística passagem de ano, todos nós desejamos que apenas num minuto o comboio de uma vida fique carregado só de coisas boas e sonhos maravilhosos todos realizáveis e que o seu trilho atravesse apenas paisagens e planícies repletas de uma beleza infindável...
Todos temos plena consciência da realidade mas continuamos a desejar o possível e o impossível. E é muito bom e necessário sonhar! Sem essa capacidade o Homem nunca teria atingido todos os impossíveis da nossa actual normalidade.
O meu Comboio não é Fantasma! É mesmo um Comboio Real onde transporto tudo e todos de que sou feita! Claro que nele também viaja muita coisa e muita gente que não conheço ou que conheço menos bem; uns entram, outros saem; mas na verdade, há dias em que percebo que gosto muito de viajar neste meu comboio. Não importa se não conheço todos os caminhos; se ele me eleva à montanha mais alta ou se desce a pique ao vale mais fundo... importa apenas, que o meu comboio me ajude a transportar tudo o que gosto e todos os habitantes da minha vida.
Independentemente da paisagem que tenhamos de percorrer ou do trilho que não sabemos onde termina ou o que nos traz, não podemos esquecer de apreciar apenas o que se encontra visível a cada passo.
Na noite de hoje, desejo a todos os passageiros de todos os comboios uma noite cheia de luz e que se prolongue e multiplique por muitas mais.
Ah, e mesmo que o mundo acabe como se diz e se avizinha por aí... "put them on / play them on" and Let's Party!!! :-)
Gosto de ver estes macacos - da minha família - aos saltos e gostava de conseguir fazer como eles... Se eu me estatelar ou esfolar os joelhos ;-) basta trazerem-me um penso com betadine... e um abraço :-)
Feliz Ano Novo Happy New Year
Alda's translation: coming soon... in a blog near you ;-)
Não sou homem mas também tenho direito a ter e fazer o Natal como e quando me apetecer.
De forma natural e lógica sabemos que Natal significa nascimento. Não importa aquilo em que cada um acredita em relação à data ou a maneira de o celebrar. Importa sim, dar vida e fazer nascer sempre, algo de positivo à humanidade e à sociedade onde é obrigatório saber e conseguir viver com a maior qualidade de vida possível.
Uns por felicidade, outros, por ironias da vida e outros ainda por contrariedades inesperadas, todos possuem uma história de vida relacionada com a quadra natalícia. E, porque fazernascer, também é uma forma de partilhar vida e afectos, é importante que todos consigamos fazer uma ínfima parte do Natal de cada um de nós, de cada casa, de cada pequena ou grande necessidade cujo ombro ao lado do nosso - ou distante - possa ter.
E porque o Natal é quando um homem quiser e eu sou uma mulher muito teimosa, desde há dois anos que mantenho religiosamente este meu menino Jesus no mesmo sítio onde se encontrava uns dias antes do Natal de 2009. Portanto, "celebro o meu Natal" em todos os 365 dias de cada ano.
Olhando para trás, há que admitir que foram dois anos intensos na vida de todos nós pelas mais variadas razões - pessoais e/ou sociais. Olhando para a frente, é importante não desistir e, em conjunto ou individualmente tentar fazer com que um pequeno gesto da nossa parte desencadeie o princípio de uma boa diferença na vida de alguém.
Bem hajam a todos quantos o conseguem fazer em muitos dos dias das suas vidas!
Pela minha parte, vou continuar a olhar em frente e esforçar-me quase todos os dias para que o Natal possua mesmo fora dos anos bissextos os366 dias de sonhos cheios de cristais açucarados com um brilho de luz.
*** Feliz Natal a todos***
"Alda's translation/resume"
"Christmas is when a man wants"
I'm not a man but I also have the right to live my Christmas the way I want and when I want.
For us - Portuguese people - Christmas is Natal and this word means to be born. It really doesn't matter the way you live your Christmas and in what do you believe. What really does matter is to make something new and positive to the society to born, live and remain.
And because to be born and to live Christmas it's also another way to share life, it's very important that we can bring to this world some positive energy to humanity and society.
Because Christmas is when a man wants and because I am a stubborn woman, since Christmas 2009 that I keep this little Jesus at the same place. Therefore, I live my Christmas on every 365 days of the year.
Looking backwards, we have to admit that this last year has been quite hetic and weird for all of us - in a personal and social way. Looking forward, it's very important to try not give up and, if possible give a helping hand to the shoulder in need and that is right beside you.
Congrats to everybody that is able to give such an important help to others in many days of their lives!
On my side, I'll keep looking forward and I'll try hard almost every day to make Christmas has, even in non bissextile year, 366 days of dreams (it's a portuguese 'fritter') full of sugar cristals with shining lights.
Oh Gosh... "ouvir o coração", que frase mais banal, gasta e sem nada de novo . Everybody says that, everybody knows that, although when somebody tells you something like that, sometimes you feel almost ashamed to hear... however, it's so true.
Então, vou dizer uma daquelas coisas em que o bonito se torna feio de tão gasto e usado... ou será apenas porque temos vergonha de ser sinceros, ou até por não termos a coragem de admitir o caminho mais desejado, embora o mais banal e mais simples.
[Quando nos desafiamos com a nossa própria coragem de ouvir apenas o nosso coração; quando nos podemos dar ao luxo de seguir apenas os nossos instintos e saber esperar o tempo que for necessário pelo dia em que a vida nos presenteia com as cores e os sabores dos conteúdos da sua bandeja, mais tarde ou mais cedo virá o tempo em que um dos frutos mais pequenos será o mais necessário.]
I've started this post a few days ago - it's been too difficult to me to be here simply because I don't have time... no! Not true! It's been difficult to be here also because I don't have the courage to write and to show what I feel... because every post I finish, a few hours later I'm always feeling that it was a stupid thing to talk about or that was a very emotional and particular thing I shouldn't share or... - always "or" and "if". Enough is enough e acabou! Não "me" vou admitir mais ou autorizar que isso aconteça! Há muito que o meu coração não se importa mais com quem me vê, com o que pensam de mim ou com o que dizem das minhas atitudes mas, infelizmente, há uma parte de mim que racionaliza e consciencializa quase tudo. O pior e o melhor é que o coração da minha alma fala sempre mais alto e é muito mais feliz do que a minha própria vida e sim, fica realmente triste de cada vez que há alguém empenhado em destruir a sua energia. A minha mãe deixou-me mais uma 'missão' a cumprir: dar força e incentivo aos outros com a sua experiência de vida - e como eu tenho sido fraca desde que ela 'mudou de casa'...
Hoje vim aqui a correr deixar este recado pendurado dentro do espelho desta minha casa - talvez se o pendurar no espelho eu o veja todos os dias - only because I woke up today feeling like I'm capable of wind the world in my heart a thousand times; feeling that I'm capable to deal with life and death the same way I deal with hapiness and sadness. I will allow everybody who wants to..., to come with me to be and to make me happy between the good and the bad things of life... who doesn't want this philosofy... I will leave them behind! No matter who, he or she can be! I'll move on, always forward and I'll leave them behind - for good if necessary! With no regrets!!!
Yesterday I went to bed (to my sofa indeed) at 4am because I was looking at the sky and surching for the rain of the stars like the anouncemment on the internet. Não consegui ver nem 'umazinha' estrela cadente mas as estrelas viram-me a mim - só porque eu também quis, claro! :-)
Passei um dia complicado no trabalho por não estar a suportar normalmente o emocional, por não saber resolver uma guerra onde me querem afogar - ri, sorri e conversei com os clientes mas por dentro estava dilacerada com uma dor imensa da falta da minha "bebé que parecia velhinha" - precisava tanto da energia dos olhos dela, do carinho daquelas mãos magrinhas e da força do seu abraço cheio de amor por mim, pela vida (ainda com a consciência de que a dela seria curta!) e por todos aqueles que levou no coração... decidi ir roubar tempo a um dos meus melhores amigos e procurar nas estrelas aquilo que o mundo inteiro já não é capaz de me dar.
A few months ago someone that a consider a friend - I don't know him in person but as long as someone helps me in anyway I consider as a friend - told me something like that : "from now on, everytime I see the stars in the sky I'll remember of you and your love for your mom." This simple sentence was so important and meant so much to me that, last night, I was looking for my mother's love... I only saw in the sky all the stars - mines and yours - that we've loved on earth... but today, at 9am, a special energy and a special feeling woke me up whispering in my heart the only right way to go! No matter what... I'll go!
I've found 'it'! I've found my way! I knew and felt the right way wasn't going back! No matter for how long or what for... I simply found something precious!
Espero sinceramente que a pior parte do meu luto tenha terminado porque na verdade há dias em que parece que não consigo caminhar nem mais um metro. Espero voltar a ter força para dar centenas de voltas à vida e arrumar este caixote do lixo físico e emocional que mais parece uma piscina de lama - o que até pode não ser mau desde que a imaginação não me abandone :-)
Voltar a colocar no lugar tudo aquilo que até aqui não consegui alterar. Voltar a ser mais maluca, mais destravada, mais parva, mais atrevida... mais tudo o que me faz mais feliz! E, acima de tudo, ter força para cumprir tudo aquilo que já prometi e não tenho conseguido concretizar.
Mais do que tudo e, doa a quem doer, a minha única meta é perpetuar a memória da minha mãe, honrar o nome do meu pai e fazer com que daqui a muitos e longos anos o meu filho sinta orgulho de se ter 'atrevido a escolher-me' para mãe.
Também tenho a dádiva de ter mais alguns filhos de geração espontânea ;-) espalhados pelas casas de familiares e de amigos e, tenho a certeza de que me amam como mãe de coração. Entre nós sentimos não ser necessário estarmos sempre juntos ou em comunicação mas todos sabemos que este amor existe e que nos dá uma felicidade imensa de cada vez que nos encontramos.
People use to tell me frequently that I'm naive and that I paint the world with pink... I speak to myself that maybe it's not pink because it's not my favourite colour ;-) - maybe white, or blue or... whatever... or even black because we can only see the stars in the darkness...
I asure you that I really know the world is not pink... although, my world has all the colours I want, when I want, just because I want and I feel like it. Even when I can't control things or the pain around... I'm always surching for those colours.
As crianças felizes, são felizes tão simplesmente porque inventam a felicidade dentro do seu próprio mundo.
Desde criança que aprendi a sobreviver no mundo dos 'gigantes' - consegui sempre manter uma saudável alegria no coração que me sarava a alma de cada vez que caía na tristeza profunda da decepção dos actos dos adultos. Sei que vou continuar a cair e a levantar-me cheia de nódoas negras vezes sem conta, sei que muitos mais dias terei de atravessar cheia de incertezas e dúvidas mas agora, estou muito mais rica.
* The rain of the stars didn't happen for me but did happen inside of me *
Imagine... glad I'm not the only one...
Ontem comecei... hoje fiz de conta... amanhã faço acontecer
Ps. Português + Inglês porque sim - resposta de putos - e porque todos merecem a mesma consideração! :-) Now, I have to go sleep in a big hurry :)) 'cause in a couple of hours my day re-starts again
01, 09 e 10 Out 2011
Títulos de alguns dos próximos posts: - "An internet success story"
Imagino eu que será bem possível ser este pensamento de posse do mar que a essência do Johnny mantém algures, já que não se dava por vencido em nada. Reparo agora..., tenho tido a dádiva de frequentemente conviver e aprender com guerreiros. Que bom!
O Johnny entra na minha vida, numa fase demasiado pesada mas muito rica em aprendizagem e crescimento. Nem sempre é fácil gerir ou 'digerir' sentimentos para os quais só estamos preparados para atravessar enquanto eles não acontecem. Nem sempre estamos no nosso melhor quando a vida nos amarrota e nem sempre conseguimos fazer com que os outros nos entendam da forma que necessitamos ou sequer, entender os outros da forma que deveríamos. No entanto, é essencial haver flexibilidade mental e/ou emocional para nos adaptarmos ao que sentimos que vale a pena.
Desde o início senti que o Johny era uma dessas pessoas 'que valiam a pena'! Não estava realmente nada enganada!
Não vou aqui tecer maravilhas lamechas daquelas que se costumam dizer aquando do 'fim de história' de alguém só porque fica socialmente mais bonito. Com o Johnny tudo foi diferente até, durante e depois 'do fim da sua história'. Começo a aperceber-me de que, a vida das pessoas 'iluminadas' decorre e termina de uma 'forma especial' e que nos motiva para inventar maneiras de perpetuar a sua existência e a sua memória. É um facto que o 'mudar de sítio' daqueles que amamos não fica menos doloroso nem mais fácil de superar com as melhores palavras do mundo... mas fica certamente mais digno e mais precioso.
* * *
Fomos informalmente apresentados como professor e aluna da 3S. A primeira impressão foi boa e muito natural. Ao fim de umas horas pareceu-me estar tão familiarizada com ele como com o Nuno e o Fred. Voltei mais feliz e mais leve...
Tenho consciência de não ser a melhor das pessoas - também, se o fosse era uma gigantesca chatice - e, duas ou três aulas depois... zanguei-me com Johnny. Nesse dia não me encontrava na melhor das minhas luas e a minha energia chocou fortemente com a dele. A sua personalidade lutadora exigiu do meu recente estado de 'ressaca emocional' algo que eu considerei descabido e ripostei de imediato. Aquela voz 'forte e poderosa' tinha conseguido desconcertar-me e acordar os meus fantasmas. Não gosto de me dar por vencida mas em poucos minutos, ambos percebemos que era necessário terminar o 'duelo' e assim fizemos: ainda dentro de água pedi-lhe desculpa e ele a mim mas saí do mar a deitar fumo por todos os poros. Não sou de me esconder de nada mas há horas em que sinto necessidade de voltar para dentro do 'meu casulo' para me reconstruir (como um bebé precisa do ventre da mãe para terminar a gestação). Era realmente melhor optar por ir embora uma vez que a minha ligação interna 'coração-boca' estava quase em erupção total. Não me deixaram fazê-lo e, nesse dia voltei mais triste e mais carregada...
No trajecto para a aula seguinte imaginei uma série de hipótese comportamentais da parte dele quando nos cumprimentasse-mos. Eu estava disposta a ser cordialmente natural mas imaginava que o Johnny não iria ser assim. Ele até tinha aquela voz tão grossa...
Afinal, estava redondamente enganada!
Quando me viu chegar foi ter comigo, com a mesma voz grossa... mas com um sorriso franco, aquele olhar de amigo e um braço acolhedor por cima do meu ombro. Sorri-lhe, falámos meia dúzia de palavras (devem ter sido mesmo só três a cada um...) para arrumar-mos o assunto anterior e por dentro, fiquei aos pulos de alegria - o Johnny não estava mesmo zangado comigo! Que bom porque eu não queria mesmo estar zangada com ele!
A partir dessa hora passei a vê-lo com outros olhos e a admira-lo como ser humano. E como eu gosto de gostar das pessoas...
Pouco tempo depois soube um pouco mais da sua história e fiquei emocionalmente boquiaberta. Achei admirável a sua resistência e as opções de vida tomadas. Entendi perfeitamente o porquê da sua reacção à minha reacção. Que boa energia a do Johnny! Que 'boa onda'!!!
Devido às minhas eternas dificuldades 'surfisticas' nem tudo correu sempre bem mas nunca mais nos desentendemos. Ele conhecia-me bem e entendia-me melhor ainda. Talvez muito melhor do que eu a ele. Ensinou-me e demonstrou entender o sentimento de perda que me acompanha - porque o mundo inteiro já não me basta para me compensar daquilo que me tirou. O Johnny ensinou-me que 'ali', eu estava em família! " O que é que tu queres melhor, miúda?!" A intensidade do que me disse foi de tal ordem que me deixei parar uns passos atrás dele. Confirmei-lhe que tinha razão.
A vida ensina-nos que nada é para sempre e que um dia se vai alterar mas naquele instante, quis que nada mudasse!
Por sua causa e pela nossa última conversa de fim de dia, 'agarrei' só para mim um dos melhores pôr-do-sol dos últimos anos. Ele seguiu o seu destino e eu o meu - percorri uns bons quilómetros mas tirei fotografias fantásticas e fui re-descobrir a minha querida praia Formosa onde cresci e onde aprendi a nadar. Trouxe uma sensação de 'vida boa' dentro de mim! Mesmo com outro professor na hora da aula, esse dia foi muito bom! Depois de tudo fiquei ainda mais feliz por ter lá estado alguém a registar o momento. O que eu me diverti :-)
Obrigada Johnny!
Gosti - nunca pronunciei a palavra mas disse-to muita vez em atitudes e energias.
Abraço - como lamento agora só ter existido semi-abraços - só percebi isso quando a 'nossa' família me abraçou com a dor de já não existires da mesma forma.
Beijinhos - na próxima vez que voltar a entrar no mar, vou lembrar-me de ti! E na outra, e na outra... e enquanto a minha memória permitir.
No último dia em que fui ao surf e estivemos juntos chegou na carrinha da 3S e logo de seguida ouvi: "Aldinha... atão?! Tás bem, miúda?!" Achei-o tenso... perguntei-lhe se já era de novo Papá e respondeu um "ainda não" preocupado. Talvez fosse só impressão minha...
Lamento tanto não ter "estado bem" naquele último dia e não ter conseguido fazer nada de jeito naquela aula... mais uma vez ele me leu o pensamento e me fez a descrição do meu 'eu' daquele dia.
Confesso agora que naquela aula chorei dentro de água, confesso que estava tão mal que olhei o céu e chamei pela minha mãe em pensamento - claro que não foi para me ajudar numa simples aula de surf - mas sim para me ajudar com a minha 'outra família' porque há dias em que já não sei como hei-de fazer. O Johnny não sabia de nada mas tinha percebido tudo em mim. Por isso digo que ele era mesmo 'iluminado'.
* * *
Doeu muito quando um amigo me ligou perto da meia noite a dar a notícia. Fiquei incrédula.! Fiquei de novo muito zangada com a vida! Chorei de tristeza mas também de raiva - como é que era possível? O Johnny!? Depois de tudo o que tinha atravessado! Dois dias depois de voltar a ser pai...
O Johnny merecia realmente o melhor da vida!
Espero de verdade, que os teus meninos tenham a tua força, determinação e resistência. Espero sinceramente que o teu amor-mulher encontre todos os dias a valentia para se conseguir fazer valer por ti e por ela e, para ela! Só dessa forma conseguirá cumprir a 'missão' que a vida vos deu.
Espero de verdade, que todos os que mais amas encontrem 'novas ondas' onde possas estar por perto, que consigam entender todos os teus sinais, a tua nova energia e seguirem um dia atrás do outro até à maior longevidade possível.
No imediato atravessa-se com valentia, depois sobrevive-se à espera de um simples sinal e mais à frente, vencem apenas os fortes de espírito - como tu, Johnny!
Parece-me que o J.M. também é como tu - a avaliar pelo que vi, imagino o teu orgulho!
Nunca tinha visto homenagem tão impressionante... primeiro fugiram-me as palavras... depois, fiquei 'muito bem' por voltar a estar com a 'família' que me indicaste. E agora... tanto mais fica por dizer mesmo depois de tantas e tantas palavras que descrevem tão pouco. Decerto outros amigos descreveriam 'a tua mudança' de uma forma mais próxima e mais bonita mas 'contigo', optei por atravessar da maneira mais amena possível para não ficar com mais uma gigantesca dor na alma e na memória. Para mim, vais estar sempre 'ali', na tua praia, na tua cadeira a olhar o mar... em cada banho de qualquer mar que me apeteça, em cada onda que eu consiga fazer... porque depois daquela especial e sentida homenagem do 'toda a tua família', o mar agora, também é mesmo todo teu!
Faz hoje um mês... quer dizer, ontem (são 4 am.).
Não Johnny, não te zangues comigo de novo por ainda não ter voltado ao surf... ainda não... conheces-me e sabes porquê! Estou apenas dentro do meu casulo a 'reconstruir-me' de novo. Há fases em que preciso 'sentir' primeiro para 'seguir' depois.
Tenho a certeza de que me entendes desta vez...
Imagina o trabalho que daria agora para voltarmos a fazer as pazes :-)
Por tua causa voltaram a chamar-me Aldinha... tal como todos o faziam quando era miúda... tu, fazia-lo das duas maneiras (Aldinha e miúda) e como me sabia bem... e como ainda me sabe bem!
Fico 'aqui' à espera das tuas nuvens pintadas de arco-íris.
Desejo que estejas 'aí' ou 'por aí' a amparar os que mais precisam da tua boa onda e da tua voz poderosa...
Fica bem Johnny
Uma das tuas amigas da família 'ensinou-me o caminho' deste video e achei-o perfeito para ti: mar e estrelas.
Obrigada 3S, obrigada a quem me 'apresentou' esta família ;-) e a todos quantos passaram a pertencer aos 'habitantes do meu coração' por tudo o que me têm dado nestes últimos anos; a todos os amigos que têm entrado na minha vida - aos recentes também e que chegaram por tua causa - a todos quanto se prontificaram a facultar-me imagens para criar esta singela e particular homenagem. Já a tinha começado quando 'mudaste de sítio' e nunca mais terminei... calhou hoje. Não fui à tua missa mas inventei o 'sermão' que sentia estar em falta dentro de mim.
Não sei se tudo isto que sinto é lamechas ou piroso mas, apesar de saber que o mundo é maravilhoso e bárbaro ao mesmo tempo, há histórias de vida como a do Johnny que me fazem continuar a querer 'coleccionar amigos' , não desistir de gostar das pessoas e achar que vale a pena continuar a procurar pelas 'melhores ondas da vida'. Tal como é possível ver 'uma nuvem do arco-íris' também sei que existe um 'sol de ouro' por detrás de cada mar de prata. Só não é possível tê-lo em todos os dias. Somos muitos e temos que o saber partilhar...
!? Há fases da vida em que somos apenas as calças à espera de que os nossos suspensórios nos aguentem o peso.
!? Quando o pousar de uma mosca abre uma cratera na casca do 'caracol' significa... que tens de mudar de 'casa'.
!? Há relações em que o amor é como um pão-de-ló: misturam-se ingredientes, eleva-se a temperatura, cresce e, come-se avidamente até não sobrar uma única migalha...
e agora a sério...
!? A liberdade não se conquista pela fuga.
!? Há mais conteúdo no silêncio do que em ouvir apenas o barulho do nada.
!? Esperar para sempre no 'mesmo sítio' indica o caminho mais fácil... e com menos sentido.
Just a quick note to you, you and you:
In a couple of days I'll put this in Alda's translator ;-)
However, if you want to try to translate for me... be my guests. After all... if I've learnt so much with you, you can also learn a little Portuguese with me :-)
It's strange to feel like normal what it's not good
It's difficult to hear "the click" to change everything for good
But it is possible!
Pergunto-me inúmeras vezes o porquê de sermos seres tão estranhos e complexos. O mundo animal (irracional, tal como dizemos) é que está de acordo com as leis da natureza. Nós não. Trocamos e alteramos tudo. Tanto existiria para falar sobre este assunto mas hoje já estou muito cansada e vai ter de ficar para mais tarde (próximo ano, talvez). Mas, no meio de todas as dúvidas fica uma mensagem que eu considero muito importante: podemos "trocar os pés pelas mãos" mas não devemos trocar o sabor do toque das nossas mãos pelo orgulho de sermos fortes; não devemos evitar dar a cura de um abraço por causa da vergonha da demonstração de fraqueza e, é totalmente proibido esquecer-mo-nos de um simples beijo apenas porque não é habitual nem é costume...
Quantos amores não ficam por amar, por mostrar e por dizer apenas porque fomos fracos?!
Quantos filhos e pais não ficam por amar apenas porque existiu a vergonha de um gesto simples?!
Quantos irmãos e amigos não se perdem pelo caminho do nosso trilho por falta de não sabermos "dar a mão"?!
Quantos arrependimentos germinam na alma apenas porque... só se sente a coragem para tudo isso, quando já é tarde demais e o tempo faz questão de nos mostrar já não admitir retrocesso?!
Então? Seremos mesmo animais racionais?
Será que somos mesmo "humanos"?
E que tal se fossemos irracionalmente humanos?!
Por tudo o que vejo, tenho tantas mas tantas dúvidas...
Embora de nada sirva, vou continuar a acreditar na mudança porque a esperança só morre depois de mim!
With or without "the click" to change for good, I will try everyday to change each minute just "for now".
Sei que seria possível construir o mundo justo
As cidades poderiam ser claras e lavadas
Pelo canto dos espaços e das fontes
O céu o mar e a terra estão prontos
A saciar a nossa fome do terrestre
A terra onde estamos - se ninguém atraiçoasse - proporia
Cada dia a cada um a liberdade e o reino
- Na concha na flor no homem e no fruto
Se nada adoecer a própria forma é justa
E no todo se integra como palavra em verso
Sei que seria possível construir a forma justa
De uma cidade humana que fosse
Fiel à perfeição do universo
Por isso recomeço sem cessar a partir da página em branco
E este é meu ofício de poeta para a reconstrução do mundo.
Sophia de Mello Breyner Andresen in O Nome Das Coisas
"cada dia a cada um a liberdade e o reino"
"se nada adoecer a própria forma é justa"
"sei que seria possível...
de uma cidade humana que fosse."
You must be prepared to cross the worst if you want to reach the best
Tough ways
This music makes me believe I can reach what I feel and helps me to believe I can fly - amazing the way music can change your mind and soul.
Ps. there's no planes involved for this flight ;)
Today, I had to take a very hard decision. I've choosed a beautiful place in front of the sea, with a wonderful warming sun... and also a lot of wind sometimes, but it was really a nice and important place.
I've started the conversation looking at the horizon's line and hearing Temper Trap - coincidently. A simply amazing and perfect disposition.
The conversation was ambiguously soft but hard and, when I did start to feel confused, I heard another important track that helped a lot to remind me again why and how I've 're-started' my way. Nickelback might never know but through and because of their music I was able to open a huge door to the world.
So, if life is always playing games with me, sometimes I take the risk and I really like to do the same with life. At this moment you might be thinking that I'm crazy - and I am!!! Although you might be thinking if I've already made up my mind - I didn't!!! And, does it really matters? Is it really important? To be sure of everything?! Today, I don't want to be sure of anything at all. Am I a bad person because of that? If planet Earth doesn't care... why should I?
I just want to fly free as a sea-gull. It's not the most beautiful bird but, there is a beautiful reason for that.
And it's better that nobody makes me feel sad or mad. Other wise, I might have a terrible problem when I get nervous - I'll start to 'paint' every roof, shirt... or head :)
[From now on I'll write a little more in my 'funny English' because of a friend's request. And I believe there are a few more wanting the same. Therefore, friends always deserve the best you can do - thanks for 'reading me']
'tava cá pensando... cás vezes levo com cada 'chinelada' caté vejo estrelas durante o dia...
E não é bom ter a capacidade de ver estrelas durante o dia? Claro que é!!! Ficamos mais 'iluminados' - sol e estrelas acredito que é uma combinação vinda 'dos céus'! E, mesmo quando o sol nos arde os neurónios e as pontas das estrelas se espetam no crânio, também acredito que a minha energia fica muito mais 'cintilante'. Já não falando no aspecto decorativo que isso poderia dar numa qualquer 'sala perto de mim'!
I confess that yesterday and the day before, was a terrible day (no, it's not a song's lyrics!). I confess, I thought I couldn't go or want to go forward. Stay 'right here' was the easiest thing to do. But it could be also the worst one to chose.
Today I woke up thinking... then living and, wanting to re-start all over again. Thank God (your God mom, 'cause mine is only You!) I have wonderful persons around me (family friends, heart friends, real friends, true friends and all and all...) that never let me 'die inside of me'. I know my 'energy' does the same with them whenever they need it but we really have to be lucky and be blessed when we have that. So, yesterday and today, I was very lucky to have them!!! Even the 'overseas', are always making me feel that... and believe me, friendship and love are the only valuable things we can have and keep for a lifetime - nothing else!
So, to you, you, you and all of you THANK YOU to let me be 'right there' thinking how lucky I am! This is always the best way to heal my little wounds.
Não importa o ponto de partida e muito menos o de chegada. Valioso será a forma como usamos esta 'energia' de forma a que só termine quando já não existir nada nem ninguém que relembre a sua 'côr'.
Agora, tenho de ir mudar os pensos rápidos para as feridas não infectarem :-)
“Deixa uma pequena marca por onde passas para que consigas ver o caminho de volta”
Estranhavam-lhe o nome de cada vez que o proferia. Era realmente estranho mas também singular. Só agora compreendo o porquê: com os olhos irradiando alegria e de sorriso franco e aberto, agitava tudo e todos à sua volta. À época era belo e delicado ter uma pele clara, mas a sua cor morena evidenciava ainda mais a sua beleza; a vivacidade e a inteligência completavam o quadro de uma mulher perfeita. Mudou tudo por amor e num dia tudo mudou: ficou bela sem existir e enérgica sem valor. Optou por ser feliz em troca de sofrimento e, tanto o sorriso aberto como a luz dos seus olhos voltaram. Muitos são os que falam dessa luz e outros, nunca a esquecerão! “Ermentina” já não existe. O mundo pode até sentir que nunca existiu ou que não fez qualquer diferença. Terá sido apenas mais uma partícula do seu núcleo ou da sua periferia, mas eu, “invento-a” todos os dias e digo-lhe: “Olá mãe… até amanhã… amo-te muito! Agora é estranho não obter resposta… pelo menos, não da mesma forma. 07.11.2010
[não queria que houvesse 'partidas', nem despedidas. Queria que houvesse apenas 'mudanças' e que a essência não deixe de existir]
Quis tirar-te uma fotografia enquanto acalmavas 'aquela' dor, sentada no sofá. Tinhas os olhos fechados e não quis incomodar-te. Mexeste-te e assustaste-me - tremi as mãos e quando vi o resultado, decidi guardar porque quase parecia ter fotografado não a tua imagem mas sim a tua essência.
Ontem saí de casa com a vontade e a força de quem ia rodar o mundo dez vezes. Lembrei-me de ti vezes sem conta sem sequer perceber porquê. Vi a minha imagem numa montra, achei-me 'quase' linda (coisa rara!) e lembrei-me de como gostavas que eu andasse bonita e da forma como o manifestavas por tão bem saberes da minha reduzida paciência para adornos femininos. Depois, vi um velhote muito pequenino e muito magrinho na frente da fila onde eu estava e lembrei-me de ti - uma senhora olhava-lhe para as bainhas das calças azuis pespontadas com linha clara e percebi o seu ar de reprovação (nem interessa ao quê!) - senti pena dele e nunca gosto da sensação de pena de alguém. Quando se dirigia à saída, embateu na porta de vidro com toda a força e tentou resolver a situação mas sem resultado. Ainda dei dois passos na sua direcção mas uma senhora adiantou-se e ajudou-o. Ele apenas sorriu. Senti-o tão indefeso quanto te sentia a ti nos dias em que o mundo já era demasiado grande para o teu cansaço.
Lembrei-me de imediato de uma das minhas 'desajeitadas habilidades' num belo dia em que me dirigi a uma grande empresa para formalizar um contrato e que, logo à chegada, ao terminar o último degrau tropecei e entrei de nariz quase a roçar o chão, totalmente 'desgovernada' e deixando atrás de mim uma enorme porta de vidro a abanar por todos os lados. E, provavelmente alguém que viu, a rir entre-dentes. Felizmente, o contrato correu bem e na volta, a minha saída também! Afinal, escada abaixo seria muito pior...
Poucos segundos depois dei comigo a pensar que não era de todo impossível acontecer-me o mesmo se tiver a sorte ou... nem sei, de chegar à idade daquele senhor - desastrada como sou, muitas serão as figuras caricatas do meu futuro.
A essa hora ainda estava muito bem mas já só me apetecia rodar o mundo cinco vezes...
Quando cheguei à tua casa e vi a janela de novo partida e a casa de novo assaltada... já não me apetecia rodar o mundo vez nenhuma. Apeteceu-me antes apanhar o verme que tem sido capaz de o fazer e que eu não consigo impedir. Queria saber quem anda a gozar com a tua memória e com o meu coração. E como faz doer... talvez não tenha importância nenhuma mas incomoda. E muito! Também queria muito voltar a ver-te por lá, a mexer em tudo sem fazer nada... mas extremamente feliz. Ou, apenas presente, enquanto eu limpava e lavava tudo... agora, começo sempre, mas sozinha, não consigo terminar. Desculpa!
Todos dizem ser um puro de um egoísmo ainda te querer cá... mas não quero saber! Podem até dizer ser uma estupidez estar para aqui a escrever isto mas também não quero saber!!! Preservar o quê? Proteger o quê? Para quê se quem eu não autorizo te 'invade'? É apenas mais um caminho muito difícil dadas as circunstâncias mas prometo que vou mudar isso!
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Já passaram alguns dias depois disto. Hoje, a manhã foi muito boa mas a tarde foi muito má. Estou naqueles dias de 'birra' de 3 anos em que só te queria a ti precisamente por saber que não podias estar comigo... e hoje não podes estar comigo, eu sei! Desculpo-te a ti mas não consigo desculpar a morte! Não quero! Nem consigo entender esta estranha cultura fúnebre de enterrar o que já não presta para não se ver, para não poluir nem estorvar. De que serve? De que serve quando a memória continua intacta e sem direito de opção multiplica suposições...? Respeitei e 'escolhi' (como se se pudesse usar o termo 'escolher') tudo conforme a vossa vontade mas não consigo viver bem com isso. Desculpem-me os que já não 'me' podem ler. E assumo que o meu maior trauma é mesmo a morte.
Mudei a vida toda apenas porque decidi seguir uma energia muito estranha a que por vezes dou o nome de 'coração da minha alma'. Pendurei-me em fios de sonhos que me ajudaram a deslizar até uma montanha de esperança. Descobri que afinal, a beleza da montanha 'arde' com a simplicidade de um sopro mais quente e que são demasiados os anos para a sua recuperação.
Posso reclamar ou reivindicar o que quiser porque não obterei resposta.
Agora, já não me chega o mundo inteiro para recuperar o que perdi.
Este Senhor já disse tudo o que eu tenho para dizer, pronto!!! :P
" E assim escrevo, querendo sentir a Natureza, nem sequer como um homem,
Mas como quem sente a Natureza, e mais nada,
E assim escrevo, ora bem, ora mal,
Ora acertando com o que quero dizer, ora errando,
Caindo aqui, levantando-me acolá,
Mas indo sempre no meu caminho como um cego teimoso,
Ainda assim, sou alguém.
Sou o Descobridor da Natureza.
Sou o Argonauta das sensações verdadeiras.
Trago ao Universo um novo Universo
Porque trago ao Universo ele-próprio."
Alberto Caeiro in O guardador de Rebanhos
'descobri' este poema a 23.12.2009 - coincidências...
"Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo."
Álvaro de Campos in Soneto Já Antigo e outros poemas
Há dias em que vivo realmente irritada por ser assim...
E eu que até detestava poesia...!
Mas também há dias assim... :)
Só agora é que reparei que também só dava rimas a quem não sabia o que fazer com elas... nem com uma casa tão cheia de papeis e de traças... :-)
Por circunstâncias várias da nossa vida privada, profissional ou social, de quando em vez todos nos sentimos um bocadinho presos... ou um bocadinho grande.
Embora a essência que me direcciona seja legitima e merecidamente livre, existem condicionantes sociais que não me permitem a liberdade física tal como a imagino e ambiciono.
Num dia com tanto de suado como proveitoso, pediram-me para colocar umas algemas "muito fofas" a falar em discurso directo.
[No momento em que mergulho na "baía das palavras", o banho é delicioso e leva-me a outra forma de existir. Quando volto à superfície e me sento em "terra firme"... tudo seca demasiado rápido e a alma perde valor. Só volta, quando torno a mergulhar.]
Deixo aqui o resultado de um desses mergulhos:
Antes
O Algemas tem uma função necessária à sociedade e que, a meu ver deveria de ser muito mais considerada a todos os níveis. Se por vezes, existem casos de abuso de poder, talvez seja motivado pelas graves consequências da ausência de limites humanos e pela abundância de pressões sociais.
“Algemas”
- Nunca pensei passar por isto, fogo. Imaginem-me esta merda -enfeitarem-me com um pêlo preto, macio e delicado. Ó caroço. Fónix, isto é de gaja, pá! Lá porque o meu nome é “Algemas” eu sou muita macho, ouviram! Tsss… isto é uma humilhação do caneco. E o pior é que os outros fiquem a duvidar da minha masculinidade hã?! Dass…
Vocês sabem por acaso qual é a sensação de amarrar e tirar os movimentos a um gajo que acabou de matar um polícia??? O sabor do sangue do animal a escorrer-lhe pelos pulsos apenas porque se quer livrar de mim mas não consegue e por isso lhe rasgo a pele? É delicioso! E agora, fazem-me isto: metem-me pêlo, vejam bem. Estou enojado e atormentado até às entranhas. Já imaginaram os lindos nomes que me vão chamar lá na esquadra? Parece-me já estar a ouvi-los com bocas tipo: “bichona; rabicho; és linda macia e cheirosinha; deixa-me roçar-me no teu pêlo…” Oh cum caneco.
Mas, deixem ‘tar que não perdem pela demora: deixem que agora vou ser eu a dar-lhes a volta – amanhã falo com a minha amiga Leona e juro que ela me ajuda a amarrar o idiota que teve a ideia peludenta. A caminha de serviço lá da esquadra serve bem e, boazona e astuta como ela é, num piscar de olhos… ahahah, já estou a vê-lo todo nu, comigo a acariciar-lhe os pulsos enquanto ele tenta chegar à roupa. E juro que vai buscá-las ao lixo dos restos da cozinha! Quem ri por último ri melhor e vai ser de certeza o polícia do ano. Dou-lhe direito a prémio de honra e tudo: nu, amarrado e subserviente!
Coitado, ainda não fiz nada e já ‘tou com pena do gajo. Pensando bem… e não serão quase todos assim?
09/10/2010
Depois
Moral da história:
Convém que haja poder de encaixe
Seguir em frente com as mudanças
Viver bem num ambiente hostil, ou não
Ainda que seja no meio de pêlo, natural ou sintético