“Porque as coisas nunca acontecem como nós queremos” - grande pensador e filósofo este nosso Dr. Raminhos! Como é que ele consegue chegar a esta e a tantas outras conclusões todos os dias?! E sempre com conselhos inovadores, digamos… fenomenal sem dúvida! Parece que estou a ironizar, mas não - estou mesmo a falar a sério! Não deve ser fácil ser um “bom pensador” e fazer Portugal rir todos os dias pelo meio de disparates reais e aparentes.
Nunca imaginei sair destas “palestras cómicas” tão elucidada e com uma aprendizagem tão valorizada.
“Ser pai é a melhor e a pior coisa do mundo…”
Pois é… pois é…! Podia escrever “pois é…” durante mais cinquenta linhas e ainda assim, acho que sem palavra nenhuma, todos os pais entenderiam na íntegra a ambígua sensação de ser “a melhor e a pior coisa do mundo”, bem como estaria a fazer jus ao “pai Raminhos”, ainda que não pareça! Se na verdade, quiserem saber as razões do meu “pois é”, só mesmo se conseguirem ir ver o seu último espectáculo O Melhor do Pior. Já agora, se também tiveram a oportunidade de ter visto As Marias, ainda entenderão melhor o porquê da alucinante viagem que é ser pai… e mãe também.
Podia acabar já aqui tudo o que me apetece escrever e mandar-vos apenas ir ver os espectáculos do Raminhos - tenho a certeza de que alguns de vocês ficariam muito gratos por não terem que ler tanto e tudo o que escrevo… mas eu gosto mesmo é de aborrecer e cansar as pessoas até à exaustão… ficam os melhores e mais resistentes - é só mesmo uma “tese” que ando a concluir, nada mais!
Pronto, foi por ser persistente e só desistir depois do fim, que consegui a proeza de ter autorização de conhecer o Raminhos pessoalmente mesmo sem qualquer marcação prévia. Após a permissão de quem de direito - e que desde já agradeço - tive de pensar em apenas alguns minutos que raio de pergunta lhe iria eu fazer e que ainda ninguém tivesse feito. Como hão-de imaginar não foi fácil mas lá tive uma ideia que achei curiosa e engraçada - e saiu isto:
Claro está que com as “minhas avançadas tecnologias” e com a tendência que tenho para situações incomuns, tinha de sair um video tipo Cinderela antes das doze badaladas - quase terminou antes de começar. Mas, no geral correu “quase” tudo muito bem, tendo em conta a sua paciência, simpatia e disponibilidade poucos minutos antes do espectáculo. Pois claro - tinha de ter um “quase”! Mas isso conto mais à frente na rubrica acabadinha de inventar: “Rabiscos do Caderninho”.
Com respeito à resposta dada pelo Raminhos no video, vou atrever-me a surripiar uma frase à sua casa matinal e dizer: “já agora, vale a pena pensar nisto…!!!”
No entanto e, porque não desisto de nada às primeiras, há um segundo video com uma segunda entrevista ao Raminhos, no dia 9 de Setembro feita na Lourinhã - capital do Dinossauro* em Portugal e talvez no Mundo todo! Deixo aqui também o meu sincero obrigado ao Miguel Bello, que ao ver “a repórter do caderninho” atrapalhada com os óculos, o telemóvel, a esferográfica e o próprio do caderninho a saltitar nas poucas mãos disponíveis para tanta coisa ao mesmo tempo, se disponibilizou a assumir o papel de “realizador” da minha entrevista que eu fazia questão que fosse o mais informal possível.
Decidi portanto, incluir já esse video aqui pelo “meio do início” do texto, em consideração às pessoas que não gostam de ler muitas letras. Assim ficam já despachados! Atenção que não estou a condenar ou estereotipar - eu percebo porque, na verdade, para o que não me interessa muito, também sou um bocadinho assim!
Basta portanto, descerem o cursor e irem directos para o segundo video - que por sinal teve de ser "tripartido" - uma vez que tudo o que tenho para dizer vai dar um livro daqueles gordos tipo José Rodrigues dos Santos (não, não estou a chamar gordo ao JRS, é só mesmo aos livros dele embora eu tenha conseguido comprar um “magrinho” e, que por obra do destino ainda hoje tenho a sensação de que ele usou uma das minhas “ideias idiotas” - falo e escrevo sempre demais…!). Num belo dia disse-lhe por escrito o que pensava e, acho que lhe dei um óptimo mote para quê? Pois, pra “inventar” mais um livro - o tal que é excepcionalmente “magrinho” (ai que ele ainda me mete um processo em cima… mas é sem medos! Se isso acontecesse, eu inverteria a situação e faria como ele faz no pequeno ecrã - apontava-lhe a minha melhor caneta, piscava-lhe o olho e diria: “boa noite, nós voltamos a ver-nos amanhã!”). Não, não estou a gozar! Também lhe admiro deveras o trabalho e agradeço de verdade todos os bons conselhos que me deu! E, pensando bem, agora que a conversa mudou de rumo de novo… reparei que tenho tido uma sorte gigantesca por ter tantas e boas pessoas a dar tempo e atenção aos meus sonhos e disparates… realmente, “há horas felizes”!
Pode parecer que me perco, distraio ou desvio do assunto real mas é propositado. Além disso, se a maior parte da humanidade considera que nada acontece por acaso, então, já estou desculpada e com todos os devaneios aqui escriturados antecipadamente justificados.
Assim sendo e, por falar em disparates, aqui ficam então os videos seguintes, para os que quiserem considerar esta entrevista já despachada. Saibam no entanto, de que perderão pormenores e dicas muito importantes para o vosso futuro como pais - agora estou mesmo a falar muito a sério e com conhecimento de causa!
Então, para os “corajosos e pacientes”, vamos lá ao que me interessa: foi em Janeiro de 2017 que pelo meio de um dia atípico, consegui ver As Marias no Teatro-Cine de Torres Vedras** (na minha terra natal - tinha de dizer isto com orgulho, embora nem sempre seja o melhor pra mim ter nascido lá, sendo também eu uma Maria… “meia-rapaz” - mas isso é outra história que não interessa para o caso e iria estragar o meu raciocínio todo… ainda mais!)
Logo no início do espectáculo e pela forma como arrancou a “palestra”, confesso ter pensado que à saída do camarote iria mesmo encontrar algumas cenas “erótico-pornográficas” a acontecer pelos corredores do Teatro-Cine… mas não - saiu tudo de forma muito educada e ordeira… embora ainda não tenha a certeza de que isso tenha sido um bom sinal.
O Raminhos é muito maluco como todos o conhecem, não é?! Ah, e dizem constantemente que ele expõe muito as filhas e mais não sei o quê?! Há também quem o acuse de dizer e fazer muita porcaria sem nexo. É verdade que ninguém acerta em tudo mas, a quem pensa isso não se preocupe porque a “Sanitana” deve tê-lo obrigado a assinar um contrato em que todas as bodegas ficam muito bem lavadinhas na Banheira das Vaidades - acreditem que se virem pelo menos “o programa de lavagem” onde estão incluídos o Manuel Marques e o Eduardo Madeira vão perceber que há “deslizes” e parvoíces essenciais à vida e porque é que rir faz um bem danado à alma. Identifiquei-me especialmente com o Manuel Marques que se ri por tudo e por nada e ainda por cima se verga todo para a frente como se tivesse uma grande dor de barriga ou uma grave incontinência.
Também fiquei assim contorcida durante todo o espectáculo d’As Marias e com uma sessão gratuita de abdominais do riso, mas confesso que no final saí emocionada e literalmente com “uma lágrima no canto do olho”. Acham estranho?? Então experimentem ir ver O Melhor do Pior e ainda vão a tempo de entender. Talvez consigam melhorar ou mesmo adoptar a “arte” de saber viver o menos bom da vida da melhor forma possível - com sentido de humor ou a rir de preferência!
Quase tudo é uma questão de perspectiva e penso ser difícil catalogar todos os tipos de pais mas na minha modesta opinião, tenho a certeza de que ainda há uma imensa variedade de “Pais Heróis” - gosto deste nome, desculpem lá - cheios de atributos, qualidades e super-poderes muitos especiais.
Pois é… lá virei eu para a parte séria de novo porque, depois de tanto rir com As Marias, tive de engolir a vontade dos meus sacos lacrimais desatarem a trabalhar, quando o Raminhos termina dizendo: “as minhas filhas não vão ter de me provar nada, porque se tiverem de provar é porque eu não as amei algum dia o suficiente”.
Ouch… que grande verdade e que grande recado - confesso que saí de lá a respirar melhor e com menos uma tarefa existencial!
Ah, mas pensam que terminou aqui?! Na-na-na-ná-ni-ná-nó - aniquilou-me por completo quando terminou o espectáculo com algumas pessoas já a começarem a bater palmas e disse: “estive presente no primeiro suspiro de vida das minhas filhas e gostava que elas estivessem presentes no meu último…!”
Ai minha Mãezinha do meu Céu… que isto já foi demais para mim que sou uma comum mortal.
Pronto, vão lá agora chorar baba e pouco… muco, digamos assim, como eu fiz e serem todos muito felizes com os vossos filhos! Tratem bem as crianças por favor e digam-lhes e mostrem-lhes vezes sem conta de que são muito amadas porque só assim, com a cabeça cheia de sonhos acreditados é que “o mundo pula e avança”, tal como dizia o nosso António Gedeão e que nada tem a ver com o nosso António Raminhos… aparentemente!
"A Maria Leonor a folhear o álbum do seu primeiro ano" - Photo from Catarina Raminhos's Instagram
"3 estarolas" - Photo from Catarina Raminhos's Instagram
Love -Photo from Catarina Raminhos's Instagram
Amor a dobrar - Photo from Catarina Raminhos's Instagram
"Maria Rita a boicotar fotos de família desde 2010..." - Photo from Catarina Raminhos's Instagram
"Três estarolas. Tanta energia tão cedo..." - Photo from Catarina Raminhos's Instagram
"Manhãs de tudo ao molho" - Photo from Catarina Raminhos's Instagram
Pois é… o que pretendo transmitir é mesmo que depois de ter visto tudo e conhecer um pouco mais da sua pessoa - do Raminhos - recordo-me de ter pensado: “era bem capaz de ter dado um bom resultado em mim se dentro do meu pai também tivesse existido um espécime como este”.
Obrigada por tudo Dr. Raminhos!
Fiquei com a convicção de que também é um dos melhores pais do mundo!
E é isto - "um sorriso é o suficiente para esquecer isso tudo..." - Photo by Catarina Raminhos's Instagram
* * * * *
* Rubrica Rabiscos do Caderninho *
De cada vez que leio os rabiscos que escrevi pelo meio dos espectáculos, estrago-me a rir esteja onde estiver. Sim, por vezes as pessoas ficam a olhar… mas é inevitável porque a minha memória é muito minuciosa e lembro-me de muitos pormenores hilariantes.
Não quero nem vou ser “spoiler” de forma a saberem o conteúdo d’O Melhor do Pior mas vou tentar aguçar-vos a curiosidade.
Já do espectáculo As Marias vou revelar um pouco mais mas, nada de excessivo.
Neste último e tal como tinha prometido, aqui vos deixo algumas notas soltas e a forma peculiar de como conheci o Raminhos:
. Fui levada escada acima logo a seguir à chegada do jantar.
. Aguardei na frente da porta com a colaboradora do Cinema e… ouvimos a descarga do autoclismo - "oops, isto não se faz a ninguém…!" - pensei eu… e disse - olhámos uma para a outra e sorrimos.
. A porta abriu ao fim de um tempo que senti ser uma eternidade - 1min!
. Apareceu um senhor alto, magro, de barba e com cara de “alguns amigos”.
"- Já tinha mandado entrar…! - disse ele.
- Ah, desculpa! Não ouvi…! - (lógico - só tinha o barulho do autoclismo na cabeça…!)
- Onde queres gravar?
(Com tanto espelho à minha volta, sabia lá eu onde queria e devia gravar!)
- Não vou ocupar muito o teu tempo e só quero fazer uma pergunta… mas não quero que se ouça a minha voz, ok?!
(E aconteceu algo inédito… mas tinha de ser ali, na frente do Raminhos - o telemóvel não ligava por mais botões que eu carregasse - estava mudo e tooodo preto!)
- Ai, não acredito… isto nunca me aconteceu…!
(E ele foi sorrindo de forma muito educada à espera que o telemóvel desse sinal de vida, mas pelo meio da conversa de circunstância e justificações, decifrei-lhe nos olhos o que um dos seus neurónios estava a pensar: “mas que grande croma me saíu na rifa hoje…!”)
- Ahhhh, finalmente…bolas…! Estava a ver que não…! Desculpa!!!
(Ele lá respondeu à pergunta, reformulando ele mesmo a própria pergunta que eu lhe tinha feito previamente para que não se ouvisse a minha voz - que parvoíce a minha! No segundo video e perante o manager/realizador Miguel Bello, tive que arrumar a vergonha e deixar ouvir-se a minha voz - bem feita!
Quando o Raminhos ía dar continuidade de raciocínio e desenvolver a resposta que até parecia ir ter um conteúdo muito interessante… pufff - terminou o espaço de memória do telemóvel!)
- Ohhhhh…! - balbuciei e, assim fiquei eu de boca aberta e com cara de parva a olhar para o ecrã."
* * * * *
E pronto, isto é o que eu considero que correu tudo muito bem! Note-se que até duas horas antes do espectáculo ainda não imaginava que me iriam autorizar a falar com o Raminhos. Mas é verdade - correu mesmo tudo muito bem!
Aliás, sem saber e sem ter programado, depois de ver As Marias tive o melhor “Assalto de Carnaval” em mais de uma década - é porque eu já merecia - revi amigos que não via há muito, conheci outros que me foram apresentados como sendo Bombeiros*** e que estavam mascarados de Matrafonas. Ao mesmo tempo que todos parecíamos amalucados no meio daquela folia toda, parei por momentos dentro de mim a olhar para a alegria deles e percebi que o bem e o mal podem estar sempre no virar da esquina mas, que nós por vezes, também temos a opção de só dar a mão da felicidade, àquele que escolhermos levar dentro do peito… e convém que seja o bem.
Nem sequer podia eu ou qualquer um deles imaginar que iríamos passar pela calamidade que passámos no nosso País neste ano.
Portanto, nunca é demais agradecer a todos os Bombeiros e a todos os particulares - anónimos ou não - por tudo o que fizeram e continuam a fazer!
Obrigada também ao António Raminhos por ser um desses particulares e ajudar aqueles que estão mais tristes a ter motivos para voltar a sorrir.
Rabiscos de "O Melhor do Pior"
-“Tripulação… Avião… Ilhas”
- “Éramos putos muito parvos”
- “No mesmo ano que me vai nascer uma filha…”
- “Fez cocó ou não fez cocó…?”
- “Estrelas porno…”
- “A vossa família é muito particular…”
- “O pai salva a borboleta… onde? Onde…?” - fiquei com a sensação de que me daria muito bem com a Maria Inês… não sei bem porquê… por uma questão ambiental talvez!
Rabiscos de "As Marias"
- “Eu não gosto de ti Paaaiiiii…!”
- “Reuniões da Tupperware eram na sala… só havia 1 TV… fingia ser surdo”
- “Ser pai no reino animal é muito complicado…”
- “Chatear a cabeça aos putos - pequenos ditadores”
- “No corredor dos brinquedos - ficam iguais ao Chucky”
- “Desço ao mesmo nível - mesma idade mental!”
- “Maria Rita - sádica como a avó!”
- “Dizer asneiras…repetem tudo com a mesma entoação.”
- “Passamos a vida a esconder coisas dos filhos/crianças… e depois o “eu” deixa de existir… nem na sanita!”
- “Eu sei, eu tou a ver no buraquinho…” - só por acaso eu fazia o mesmo ao meu pai!
O Melhor do Pior são mesmo As Marias
“O Melhor…é aquilo que elas me dão de ideias e de coisas do dia-a-dia, que eu tenho coragem de dizer e não tenho vergonha”.
“O Pior é o cansaço no meio disto tudo e o desgaste que tem… mas faz parte, no fundo é como o Tony Carreira diz: ‘é a vida que eu escolhi’… portanto… siga…!”
(Atenção - não inventem mais processos de nada porque nesta altura ainda nem tinha saído a polémica dos plágios, ok?!)
“O Melhor do Pior… no dia-a-dia, todos os dias em casa… os sorrisos… um sorriso é o suficiente para esquecer isso tudo…!”
“E onde quer que me vejam por aí, falem comigo, convidem-me para tomar café, sou uma pessoa completamente normal! Só não me convidem para comer arroz doce…!” .
Photo by Raminhos's Instagram
Ps. Percebem agora porque tive de andar a "roubar fotos autorizadas" do Instagram da Catarina Raminhos?? Pois é! É que no Insta do marido só encontrei "fotos-cocós"! :-)
The end…
For now and just today
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* Tenho fotos originais e documentários interessantes para uma futura reportagem à Lourinhã - Capital do Dinossauro, onde também tenho muitos e bons amigos e, não estarei propriamente a falar só dos dinossauros…!
** Está há alguns anos nos meus planos fazer uma reportagem ao meu querido Teatro-Cine de Torres Vedras. Depois de toda a atenção e amabilidade neste dia, passou a ser obrigatória! Espero bem que ainda a consiga fazer antes de se legalizarem as autorizações de compra de terrenos na Lua…!
*** Homenagem aos Bombeiros.